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Xiaomi confirma aumento no preço dos smartphones em 2026 devido à falta de chips de memória

Crise de semicondutores e alta demanda por IA pressionam custos e devem elevar valores de celulares globalmente

A Xiaomi anunciou que os smartphones da marca ficarão mais caros a partir de 2026. A confirmação foi feita pelo presidente Lu Weibing, que atribuiu o aumento à falta de componentes essenciais — principalmente chips de memória — e ao cenário inflacionário que afeta toda a indústria global de eletrônicos.

A escassez de memórias se tornou o principal fator para o reajuste. Recentemente, a SMIC, maior fabricante de semicondutores da China, já havia alertado para possíveis impactos na produção de eletrônicos e automóveis no próximo ano. Segundo a Xiaomi, o atual ciclo de falta de componentes é mais severo e prolongado do que em períodos anteriores.

O avanço da inteligência artificial também contribui para o problema, elevando a demanda por memórias de alto desempenho em data centers. Com isso, fabricantes como Samsung e SK Hynix têm priorizado grandes clientes, como a Nvidia, limitando a oferta para o mercado mobile. O resultado é um aumento expressivo nos preços — módulos DDR5 da Samsung já ultrapassaram 50% de alta.

Apesar de buscar novos acordos de fornecimento, Lu Weibing afirma que será inevitável repassar parte dos custos ao consumidor. O impacto será mais forte em 2026 do que em 2025, e mesmo com ajustes, o aumento não compensa totalmente o encarecimento dos componentes. Lançamentos recentes já mostram essa tendência: o Redmi K90 chegou mais caro que o K80 devido ao custo das memórias.

A estratégia da Xiaomi é migrar para produtos mais premium, como a linha 17, mas até modelos acessíveis estão sendo afetados. Mesmo com o cenário desafiador, a empresa segue com bom desempenho: no terceiro trimestre, enviou 43,3 milhões de smartphones e manteve 13,6% do mercado global, segundo a Omdia.

Em contraste, o setor de veículos elétricos da marca alcançou lucro pela primeira vez, registrando 700 milhões de yuans no último trimestre, impulsionando o resultado financeiro da companhia. Com planos de expansão para a Europa em 2027 e ambição de entrar no top 5 global de montadoras, a Xiaomi continua acelerando sua presença internacional.

Para os consumidores, o recado é claro: quem pretende trocar de smartphone deve se preparar — em 2026, a tendência é que os preços subam em todo o setor mobile.

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