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Produção mineral da Bahia cresce mais de 300% em uma década

Setor supera R$ 10 bilhões em faturamento anual e impulsiona emprego no semiárido

A produção mineral da Bahia registrou um salto histórico nos últimos dez anos, com crescimento superior a 300%, segundo dados do setor. Em 2024, a Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) atingiu R$ 10,1 bilhões, alta de 4,5% em relação ao ano anterior, consolidando o estado como uma das principais forças da mineração nacional.

O avanço é sustentado pela diversidade de minerais explorados, incluindo magnesita, sodalita, talco, vanádio, urânio, rutilo e diamante em kimberlito, alguns deles produzidos exclusivamente na Bahia. Atualmente, o setor reúne 462 empresas e cinco cooperativas, mas apenas dez companhias concentram cerca de 75% do valor da produção.

As operações ocorrem em 574 minas, das quais 325 funcionam de forma permanente e 249 em regime sazonal. A atividade tem peso decisivo na economia regional, especialmente no semiárido, onde oportunidades industriais são mais limitadas.

A mineração baiana também é destaque na geração de empregos. Mais de 38 mil trabalhadores atuam diretamente no segmento, incluindo extração, serviços de apoio e transformação de minerais. Estudos indicam que cada vaga criada no setor pode multiplicar até 11 empregos indiretos, intensificando o impacto socioeconômico da atividade.

A produção está concentrada em dez municípios, responsáveis por 77% do faturamento mineral baiano. Entre eles, Jacobina lidera o ranking, com R$ 2,4 bilhões comercializados em 2024 e mais de 1,6 mil empregos diretos ligados ao setor.

Com reservas expressivas e potencial de pesquisa para minerais estratégicos, a Bahia segue atraindo investimentos e se consolidando como um dos protagonistas da indústria mineral brasileira.

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