
Entidades representativas da indústria e do agronegócio brasileiro celebraram a decisão dos Estados Unidos de revogar a tarifa adicional de 40% aplicada sobre uma série de produtos nacionais. A medida, que tem efeito retroativo a 13 de novembro, permite inclusive o reembolso de exportações já realizadas sob essa cobrança.
A sobretaxa atingia cerca de 249 itens, incluindo café, carne bovina, banana, tomate, castanha de caju, chá e açaí, prejudicando diretamente a competitividade dos produtores brasileiros no mercado norte-americano. Com a remoção da tarifa, setores exportadores esperam recuperar margens de lucro e ampliar sua presença nos Estados Unidos.
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) classificou a decisão como positiva e destacou os efeitos imediatos sobre empresas que operam no país. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que a medida representa um passo importante na retomada da agenda de cooperação comercial entre Brasil e EUA, reforçando o papel do País como parceiro estratégico. A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) também comemorou a mudança, ressaltando que o alívio tributário pode fortalecer indústrias que vinham acumulando perdas de competitividade.
Apesar da conquista, ainda há desafios. Segundo o governo, cerca de 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos permanecem sujeitas a tarifas. As entidades defendem que o diálogo entre os dois países seja ampliado para reduzir outras barreiras e consolidar um ambiente comercial mais equilibrado.
A decisão norte-americana é vista como um avanço significativo para facilitar o comércio bilateral, reduzir custos e melhorar a competitividade de produtos brasileiros no exterior. Com isso, a expectativa é de fortalecimento do fluxo comercial e maior estímulo à produção nacional, especialmente nos setores mais sensíveis às oscilações tarifárias.



