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Correios avançam em plano para conter crise e preveem liberação de empréstimo bilionário ainda este mês

Reestruturação inclui fechamento de agências, programa de desligamento voluntário e venda de imóveis; direção estima captar R$ 20 bilhões para reforçar o caixa.

Os Correios deram um passo importante para tentar reverter a crise financeira que se agravou nos últimos anos. A estatal aprovou um amplo plano de reestruturação que combina corte de despesas, reorganização interna e busca por novos investimentos. A expectativa da empresa é que um empréstimo de R$ 20 bilhões seja liberado até o fim do mês, garantindo fôlego para as próximas etapas do projeto.

A estratégia foi elaborada em três fases — recuperação, consolidação e crescimento — e prevê uma série de medidas de ajuste. Entre elas, estão o fechamento de até 1.000 agências consideradas pouco rentáveis, a implementação de um programa de demissão voluntária que pode atingir milhares de funcionários, além da redução de gastos com o plano de saúde dos empregados.

Outra ação relevante será a venda de parte dos imóveis da estatal, que pode render cerca de R$ 1,5 bilhão. A intenção é utilizar esses recursos para custear a modernização da operação, financiar as medidas previstas no plano e aliviar a pressão sobre o caixa da companhia. A direção também pretende intensificar investimentos em tecnologia e ampliar a atuação no comércio eletrônico, área considerada estratégica para recuperar competitividade.

Segundo a empresa, todos os ajustes têm como objetivo reequilibrar as contas e permitir que os Correios retomem o lucro a partir de 2027. Apesar das mudanças estruturais, a estatal afirma que manterá o compromisso de realizar o serviço postal universal, essencial para municípios pequenos e regiões isoladas.
A viabilização do empréstimo, porém, é vista como peça-chave para o sucesso do plano. A operação envolve negociações com bancos públicos e privados, e parte dos recursos deve contar com garantia do Tesouro Nacional, o que facilitaria a contratação.

O plano também carrega riscos: a venda de imóveis depende de condições favoráveis de mercado, e o alcance do PDV pode ficar abaixo do esperado. Mesmo assim, a atual gestão avalia que a reestruturação é indispensável para evitar o agravamento da crise e garantir que a estatal continue operando de forma sustentável nos próximos anos.

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