Como a nova IA do Google muda a busca por passagens no Brasil e no Mundo
Por Caio Fritzen

O Google acaba de lançar o recurso Oferta de Voos, uma ferramenta que usa inteligência artificial para encontrar as melhores promoções de passagens a partir de descrições simples do viajante. Basta o usuário escrever o tipo de viagem que deseja, como clima, duração, orçamento ou até preferências pessoais, e a plataforma devolve destinos e tarifas compatíveis. Isso elimina a necessidade de testar dezenas de datas e combinações manualmente, algo que sempre foi cansativo para a maioria das pessoas.
O funcionamento é direto. O usuário descreve a viagem ideal e a IA faz o trabalho pesado, sugerindo destinos que muitas vezes a pessoa nem tinha considerado. Exemplos testados mostram resultados reais, como voos para Chicago a partir de R$ 3.079 ou Montreal por R$ 3.010, sempre com base no perfil pedido. O recurso já está ativo no Brasil e em mais de 200 países, o que torna o uso acessível de imediato.
Na minha visão, essa tecnologia reforça uma movimentação inevitável no turismo: a automação de tarefas repetitivas e a entrega de mais clareza na hora de planejar. Para quem viaja sozinho e busca economia, essa IA resolve parte do problema rapidamente. Mas, ao mesmo tempo, ela não substitui o olhar humano para detalhes como conexões arriscadas, tarifas ruins, regras rígidas de bagagem, riscos de overbooking e todos os pontos que influenciam a segurança da viagem. A IA ajuda a encontrar caminhos; quem entende o setor ajuda a evitar prejuízos.
O avanço é positivo porque educa o consumidor e torna a comparação de preços mais transparente. Porém, ele reforça ainda mais o papel de serviços especializados que conseguem interpretar cada oportunidade, validar se aquela tarifa realmente vale a pena e adaptar tudo ao contexto do viajante. No fim, a tecnologia é bem-vinda, mas o acompanhamento humano continua sendo decisivo para transformar um bom preço em uma boa viagem.



