
Os Estados Unidos estão analisando uma proposta federal que pode resultar na proibição de roteadores e dispositivos de rede da TP-Link em todo o país. A medida conta com o apoio de diversos departamentos e agências federais. A justificativa é que, após meses de avaliação, investigadores concluíram que os produtos da marca podem representar um risco à segurança nacional, especialmente devido a possíveis vínculos da empresa com a China — preocupação crítica, já que roteadores processam dados sensíveis e controlam conexões de internet.
A iniciativa foi apresentada inicialmente pelo Departamento de Comércio dos EUA e recebeu apoio de órgãos como o Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Justiça e o Departamento de Defesa.
Embora a TP-Link Systems opere como uma empresa americana sediada em Irvine, na Califórnia, sua origem está na TP-Link Technologies, companhia fundada na China. Esse histórico levanta receios sobre a possível influência chinesa na atual estrutura da empresa e sobre a manutenção de ativos da antiga controladora.
A porta-voz da TP-Link Systems, Ricca Silverio, declarou que a empresa “contesta veementemente qualquer alegação” de que seus produtos apresentem risco à segurança nacional.
A participação da TP-Link no mercado também é tema de debate. Em depoimento ao Comitê Seleto da Câmara sobre o Partido Comunista Chinês, o ex-diretor de Segurança Cibernética da NSA, Rob Joyce, estimou que a marca detém cerca de 60% do mercado varejista de Wi-Fi nos EUA. Já a TP-Link Systems afirma ter 36,6% desse segmento. Em ambos os casos, a empresa segue como uma das líderes do setor — mas isso pode mudar caso a proibição avance.
A TP-Link é reconhecida por oferecer alguns dos melhores sistemas mesh Wi-Fi do mercado, o que torna o possível banimento ainda mais significativo para consumidores e varejistas.
O que acontece se a proibição for aprovada?
Se a medida entrar em vigor, os dispositivos TP-Link já instalados nas residências continuarão funcionando normalmente. A proibição se aplica apenas à venda de novos aparelhos, que seriam retirados das lojas dos Estados Unidos. Ainda assim, especialistas alertam que os usuários devem considerar possíveis riscos à privacidade e segurança dos dados.
A saída da marca do mercado também pode gerar efeitos secundários, como escassez de produtos e possíveis aumentos de preços de concorrentes — embora esses cenários ainda sejam especulativos.
E quanto aos outros produtos da TP-Link?
A TP-Link oferece uma ampla gama de dispositivos, incluindo sistemas mesh, plugues inteligentes, câmeras de segurança e extensores Wi-Fi. No momento, não está claro se a proibição abrangeria toda a linha de produtos ou apenas os roteadores e equipamentos de rede. Contudo, caso as preocupações de segurança se confirmem, especialistas sugerem cautela ao adquirir dispositivos da marca.
Hoje, a empresa afirma atuar em 170 países, com 1,7 bilhão de usuários globais e diversas marcas no portfólio, como Tapo, Kasa Smart, VIGI, Aginet e Omada.
Alternativas no mercado
Para quem estiver considerando substituir seus equipamentos, há diversas opções confiáveis. Marcas como Netgear, Amazon, Asus e D-Link oferecem modelos competitivos entre os melhores roteadores e sistemas Wi-Fi disponíveis atualmente.
Fonte: BGR



