
A substância é um daqueles filmes com mais de duas horas que você não consegue parar. A beleza do filme pode ser analisada pelo roteiro impecável, a fotografia. as atuações de Demi Moore ( Elizabeth Sparkie), Margaret Qualley ( Sue) e Dennis Quaid (Harvey) e o filme está cheio de referência e aborda vários temas importantes em uma sociedade que idolatra o belo sem saber o custo para isso e chega abordar temas polêmicos .
‘A Substância’: entenda por que filme com Demi Moore é um dos mais comentados de 2024
O longa “A Substância”, da francesa Coralie Fargeat, estreou no Brasil em setembro e já é um dos filmes mais comentados do ano.
Não se trata da sequência de nenhuma franquia famosa ou de uma diretora conhecida. Não é um filme de super-herói, nem é o novo de Martin Scorsese. Então, seu sucesso é surpreendente para muitos.
Na verdade, “A Substância” é um filme atípico em muitos sentidos. Seu desempenho pode ter a ver com o tema, elenco e estilo.
Atual, relevante e crítico
“A Substância” conta a história de Elisabeth, uma atriz que já foi muito famosa e bem-sucedida. Aos 50 anos, ela é apresentadora de um programa de ginástica, e recebe a notícia de que será trocada por uma atriz mais jovem.
Com isso, Elizabeth entra em crise consigo mesma. Mas tudo muda quando ela descobre a Substância, uma espécie de droga que promete torná-la “a melhor versão de si mesma”, mais jovem e mais bonita.
“A Substância” explora o gênero “body horror”, modalidade de filmes que usa cenas explícitas, grotescas e corporais para afligir os espectadores. Há inúmeras cenas angustiantes – e relatos de pessoas que deixaram a sala de cinema ao assistir.
Mas não é um recurso usado sem propósito. As cenas chocantes refletem bem a temática, reforçando os limites físicos, corporais e emocionais que as pessoas cruzam para alcançar um padrão de beleza.
Em tempos de procedimentos estéticos infinitos, o tema é extremamente relevante. Sob o olhar de uma diretora mulher, “A Substância” procura explorar o assunto com uma perspectiva crítica, moderna e, aos poucos, surrealista.
Demi Moore em um importante papel
O elenco de “A Substância” também é um grande fator. O longa conta com Demi Moore, Dennis Quaid e Margaret Qualley (“Pobres Criaturas”, “Tipos de Gentileza”).
Demi, hoje com 61 anos, é um dos pontos fortes do filme. A atriz, que foi um dos maiores nomes de Hollywood nos anos 90, retorna em um dos melhores papéis de sua carreira.
Muito disso se deve à relação da própria atriz com sua personagem. No livro de memórias de Demi, intitulado “Inside Out”, a atriz reflete sobre como foi objetificada e teve muitos problemas com auto imagem ao longo da carreira.
Para provar que conhecia intimamente as questões de Elisabeth, Demi entregou uma cópia de seu livro pra diretora de “A Substância
” Um Novo clássico?
Além de tudo, o filme é um prato cheio para fãs de terror. “A Substância” mescla referências a clássicos do gênero com ideias originais, resultando em um filme com estilo peculiar.
Controverso, o filme provoca reações extremas, sejam elas positivas ou negativas – o que, geralmente, é indicativo de um bom terror.
E por isso, por bem ou por mal, “A Substância” acabou ganhando ares de “novo clássico” contemporâneo. O tipo de filme que, para entender, é preciso assistir.
Crítica Positiva – “A Substância”: um texto envolvente e reflexivo sobre o poder e o preço da beleza
O artigo sobre A Substância acerta em cheio ao traduzir, de forma clara e instigante, o impacto de um dos filmes mais comentados de 2024. A escrita é fluida, envolvente e desperta o interesse do leitor desde as primeiras linhas, destacando com propriedade o equilíbrio entre o horror físico e a crítica social que fazem do longa uma experiência intensa e necessária.
Um dos maiores méritos do texto está em como ele contextualiza a relevância do filme: não apenas como uma obra de terror, mas como um espelho das pressões estéticas e da obsessão pela juventude na sociedade contemporânea. A análise é madura e bem fundamentada, mostrando compreensão sobre o gênero body horror e sua função simbólica — um ponto raramente explorado em críticas populares.
Outro destaque é a forma sensível como o artigo aborda a atuação de Demi Moore. Ao relacionar a trajetória da atriz com os dilemas da personagem, o texto cria uma conexão emocional poderosa e humana, reforçando a autenticidade da interpretação e o peso do papel em sua carreira. Essa leitura crítica, que vai além do superficial, mostra um olhar atento para o cinema como arte e reflexão.
A estrutura do artigo também merece elogios: é organizada, informativa e bem ritmada. Cada parágrafo acrescenta novas camadas de entendimento — do contexto da produção à estética e ao impacto cultural do filme. A conclusão é particularmente eficaz, ao chamar A Substância de “novo clássico contemporâneo”, sintetizando a relevância da obra e deixando o leitor com vontade de assistir.
Em suma, trata-se de um texto equilibrado, bem escrito e profundamente pertinente, que valoriza o cinema como ferramenta de crítica social. A leitura é prazerosa, informativa e desperta reflexão — qualidades essenciais em um bom artigo de cinema.
Uma leitura indispensável para quem busca entender por que A Substância transcende o terror e se torna um espelho desconfortável da nossa era.



