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“A inteligência artificial está redesenhando a economia mundial”, diz CEO da ServiceNow

Bill McDermott afirma que a IA está se tornando o novo motor de crescimento das empresas e que a economia global já entrou em uma era de reconfiguração digital.

A revolução da inteligência artificial (IA) está deixando de ser apenas um fenômeno tecnológico para se tornar um eixo central da economia global. É o que defende Bill McDermott, CEO da ServiceNow, uma das principais empresas de software corporativo do mundo.
Segundo o executivo, a IA está “reorientando a economia mundial”, acelerando mudanças estruturais que vão muito além do setor de tecnologia.

A nova fase da revolução corporativa

McDermott avalia que o impacto da IA começou no comportamento do consumidor, mas agora atinge o núcleo das organizações — transformando processos, modelos de gestão e cadeias de valor.
Empresas de todos os segmentos estão aprendendo a usar a automação inteligente e os algoritmos generativos para aumentar produtividade e reduzir custos.
“Não se trata de testar a IA em projetos isolados. Trata-se de repensar como a empresa inteira opera”, afirmou o CEO.
A ServiceNow, que desenvolve plataformas de automação para fluxos de trabalho, tem sido uma das beneficiárias diretas dessa transição.
No último trimestre, a companhia registrou crescimento de 22% na receita de assinaturas, atingindo US$ 3,3 bilhões e superando as projeções do mercado.

IA sem estratégia não traz retorno

Apesar do otimismo, McDermott alertou que a maior parte das companhias ainda não conseguiu transformar a promessa da IA em resultado real.
Ele estima que 95% dos investimentos atuais em IA ainda não geram retorno, principalmente porque as empresas tratam a tecnologia como ferramenta isolada — e não como parte estrutural de sua operação.
“A IA precisa estar no centro do modelo operacional, não apenas na periferia”, disse.
Na visão do executivo, o verdadeiro ganho surge quando a IA é usada para reconstruir processos inteiros, eliminando redundâncias e integrando equipes humanas e digitais.
Empresas que entenderem essa lógica terão vantagem competitiva duradoura, enquanto outras correm o risco de desaparecer.

IA corporativa: de ferramenta a motor produtivo

A ServiceNow vem ampliando sua presença no mercado de IA corporativa com o Now Assist, suíte de ferramentas que usa IA generativa para acelerar atividades em áreas como atendimento ao cliente, recursos humanos e tecnologia da informação.
Essas soluções permitem automatizar relatórios, responder solicitações internas e resolver tickets em segundos — processos que antes exigiam horas de trabalho.
O objetivo é simples: fazer mais com menos, liberando profissionais de tarefas repetitivas e permitindo que se concentrem em atividades estratégicas.
McDermott compara o momento atual à chegada dos computadores pessoais e dos smartphones:
“A inteligência artificial será para esta geração o que o computador foi nos anos 1980 — uma mudança completa na forma de produzir e criar valor.”

Humanos no centro da mudança

Contrariando o discurso de que a IA substituirá empregos, McDermott reforça que o papel humano será ampliado, não extinto.
Segundo ele, o verdadeiro impacto da IA está em aumentar a capacidade de cada pessoa dentro das empresas, permitindo que profissionais resolvam problemas mais complexos e estratégicos.
“A IA não substituirá pessoas — mas empresas que não souberem usá-la serão substituídas pelas que souberem”, afirma o executivo.

A nova economia da eficiência

A ServiceNow aposta que o próximo ciclo de crescimento global virá da combinação entre tecnologia, produtividade e automação inteligente.
Na prática, isso significa usar IA para tomar decisões mais rápidas, reduzir custos operacionais e gerar novos modelos de negócio.
Para McDermott, essa transformação representa a quarta grande revolução industrial, onde o capital, o trabalho e a tecnologia passam a operar de forma integrada e interdependente.
“Estamos apenas no começo. O desafio agora é converter entusiasmo em resultados concretos”, conclui o CEO.

O que isso significa para o Brasil

Especialistas avaliam que o movimento descrito por McDermott também se reflete nas empresas brasileiras.
Setores como indústria, finanças, energia e agronegócio já começam a incorporar soluções de IA em seus processos produtivos — desde manutenção preditiva até análise de dados em tempo real.
Segundo levantamento da IDC Brasil, os investimentos em IA no país devem crescer mais de 30% em 2026, impulsionados pela busca por eficiência operacional e redução de custos.
Empresas que dominarem o uso estratégico da IA tendem a ganhar vantagem competitiva e protagonismo regional nos próximos anos.

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