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IA revoluciona a saúde britânica: novas tecnologias prometem diagnósticos mais rápidos e seguros

Programa AI Airlock da MHRA avança para a segunda fase com ferramentas de inteligência artificial que aceleram a detecção de câncer e doenças oculares, ampliando a inovação e a segurança no sistema de saúde do Reino Unido.

Sete novas tecnologias de saúde baseadas em inteligência artificial foram escolhidas para avançar no programa AI Airlock da MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido), que busca transformar o diagnóstico precoce de doenças e aprimorar a segurança regulatória dessas ferramentas.

Nessa segunda fase, as empresas selecionadas terão suas soluções testadas em um ambiente controlado que avalia segurança, desempenho e limitações no uso de IA como dispositivo médico. Entre as inovações estão soluções para diagnóstico rápido de câncer, detecção de doenças oculares genéticas e automatização de registros clínicos, que podem agilizar o cuidado e apoiar decisões médicas mais assertivas.

Os resultados obtidos serão usados para aperfeiçoar as diretrizes britânicas de regulação da IA em saúde e orientar a recém-criada Comissão Nacional sobre Regulação de IA em Cuidados de Saúde, que reúne representantes do governo, setor tecnológico e profissionais clínicos.

O ministro de Inovação em Saúde, Zubir Ahmed, destacou que o programa representa um passo essencial para tornar o sistema público de saúde, o NHS, líder global em uso seguro e eficiente de inteligência artificial. Já o ministro da Ciência, Lord Vallance, reforçou que a aplicação prática da IA pode não apenas salvar vidas, mas também impulsionar a economia e aumentar a produtividade do país.

O diretor-geral da MHRA, Lawrence Tallon, ressaltou que o AI Airlock é o primeiro “sandbox” regulatório dedicado a dispositivos médicos de IA no mundo, permitindo um equilíbrio entre inovação e segurança. O presidente do conselho do projeto, Sir Andrew Goddard, acrescentou que a iniciativa ajuda o NHS a modernizar seus processos, sem comprometer a segurança dos pacientes.

A nova etapa do programa usa aprendizados da fase piloto, que incluiu parcerias com empresas como Philips, Newton’s Tree, OncoFlow e Automedica Ltd. Essa experiência trouxe recomendações importantes, como metodologias de validação de dados sintéticos, estratégias para explicar decisões da IA e formas de mitigar riscos relacionados às chamadas “alucinações” desses sistemas.

O AI Airlock é apoiado pelo Regulatory Innovation Office (RIO), que promove abordagens regulatórias mais ágeis para acompanhar o avanço tecnológico. A iniciativa faz parte do plano britânico de longo prazo para tornar o país o ambiente mais rápido e seguro do mundo para o desenvolvimento e aprovação de produtos médicos baseados em inteligência artificial.

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