
Um novo exame de sangue em fase de testes no Brasil promete detectar a Doença de Alzheimer com mais de 90% de precisão. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em parceria com instituições internacionais, representa um avanço significativo no diagnóstico precoce da doença.
Durante os estudos, foram analisados dados de mais de 30 mil pessoas, com foco em quatro biomarcadores principais: as proteínas beta-amiloide 40 e 42, p-tau217, NfL e GFAP. Entre elas, a proteína p-tau217 apresentou o melhor desempenho, alcançando precisão superior a 90%, nível considerado padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde.
Atualmente, o diagnóstico do Alzheimer no Brasil depende de procedimentos invasivos, como a punção lombar, ou de exames de imagem de alto custo. O novo teste de sangue surge como uma alternativa mais simples, rápida e acessível, podendo futuramente ser integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O próximo passo da pesquisa será um estudo ampliado, com cerca de 3 mil participantes em dez cidades gaúchas, previsto para durar dois anos. O objetivo é avaliar a viabilidade do exame em larga escala e preparar sua implementação no sistema público até 2028.