
O FBI revelou que a operação de espionagem cibernética patrocinada pela China, conhecida como Salt Typhoon, comprometeu pelo menos 200 empresas americanas. A campanha, que já havia afetado nove provedores de telecomunicações e internet dos EUA, teve sua escala global confirmada pela primeira vez.
Segundo Brett Leatherman, diretor assistente do FBI, o grupo hacker Salt Typhoon também invadiu empresas em outros 80 países, demonstrando a dimensão internacional da operação de espionagem chinesa. Embora o FBI não tenha divulgado todas as vítimas, foi confirmado que grandes empresas como AT&T, Verizon, Lumen, Charter Communications e Windstream foram afetadas.
Os invasores focaram em obter registros de chamadas de políticos e funcionários de alto escalão nos Estados Unidos, com o objetivo de mapear redes de comunicação e identificar com quem essas pessoas se comunicavam, além de descobrir informações sobre investigações legais conduzidas pelo governo americano.
A ameaça foi considerada tão grave que o FBI chegou a recomendar que cidadãos americanos utilizassem aplicativos de mensagens com criptografia de ponta a ponta para proteger suas comunicações.
Em um alerta conjunto divulgado com cerca de duas dezenas de agências internacionais, o FBI detalhou que o Salt Typhoon ataca principalmente roteadores corporativos, desviando tráfego de rede sigiloso. O comunicado também ofereceu orientações técnicas para ajudar organizações a identificar e se defender contra essas intrusões.