
O 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado em São Paulo, destacou críticas à condução da política externa do país e os efeitos das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Especialistas e líderes do setor afirmaram que o Brasil perdeu oportunidades estratégicas ao adiar negociações que poderiam minimizar o impacto dessas medidas.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, ressaltou a necessidade de agir com serenidade e urgência, defendendo o diálogo como principal instrumento para reverter medidas unilaterais e garantir estabilidade no comércio internacional. Ele destacou ainda que o Brasil tem potencial para acelerar reformas e fortalecer sua posição como parceiro estratégico dos Estados Unidos e da China, reforçando seu papel fundamental na segurança alimentar e energética mundial.
Durante o evento, foi lançado um documento setorial que será apresentado na COP 30. O material, elaborado por entidades, governo, academia e sociedade civil, evidencia a contribuição do agronegócio brasileiro para a segurança alimentar global e para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
Caio Carvalho, também presidente da ABAG, alertou que a demora em iniciar negociações com os EUA resultou na perda de importantes “janelas de oportunidade”, dificultando o processo atual de diálogo.