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Ignorar a IA é Desistir do Jogo (e do Seu Negócio)

Por Iana Furst

Você pode valorizar o “olho no olho”, o toque humano, o jeito artesanal das coisas. E isso ainda tem seu lugar. Mas, se você é empreendedor, gestor ou profissional de mercado e segue torcendo o nariz para a inteligência artificial (IA), aqui vai um alerta: você está ficando para trás. Em um mercado em constante evolução, resistir à IA equivale a abrir mão de competitividade.

Recusar-se a entender a IA hoje é como, nos anos 90, um empresário dizer que não usaria computadores porque papel era mais confiável. A IA não é uma moda passageira. É uma transformação irreversível. E ela não está restrita às gigantes da tecnologia. Está no atendimento de pequenos comércios, na automação de relatórios financeiros, na curadoria de conteúdo, no marketing, na análise de dados, na gestão de tempo e até nos bastidores de microempresas que sonham grande.

Segundo o Future of Jobs Report 2025 do Fórum Econômico Mundial, até 2030, cerca de 92 milhões de empregos podem ser substituídos por máquinas e algoritmos, enquanto 170 milhões de novos empregos devem surgir, impulsionados por tecnologias como IA, big data e transição verde. Isso resulta em um saldo positivo de 78 milhões de novos postos de trabalho. A diferença entre quem prospera e quem fica para trás? Estar preparado para dominar as ferramentas certas.

O avanço da IA está remodelando o mercado de trabalho, criando profissões e processos centrados no uso estratégico de dados. Cargos como cientistas de dados, engenheiros de machine learning, especialistas em ética de IA e analistas de automação estão em alta demanda, refletindo a necessidade de interpretar grandes volumes de informações e integrá-los a processos de negócios. Além disso, a IA está transformando fluxos de trabalho tradicionais, introduzindo metodologias como a gestão ágil orientada por dados e a automação de processos robóticos (RPA), que permitem às empresas responder rapidamente às mudanças de mercado. Esses novos papéis e processos exigem habilidades analíticas avançadas, mas também competências interpessoais, como pensamento crítico e colaboração, para alinhar tecnologia e estratégia organizacional.

A IA não elimina o valor humano, ela potencializa nossas melhores qualidades. Com ela, você foca no que realmente importa: criatividade, estratégia e empatia. Profissionais e empresas que integram a IA entregam mais, com maior velocidade e menor custo. No mercado, isso não é mais um diferencial mas sim uma exigência.

Entre dois currículos igualmente qualificados, quem souber usar ferramentas de IA leva vantagem. O mesmo vale para negócios: empresas que adotam IA se destacam em eficiência e inovação. A IA não rouba empregos, ela redistribui o poder para quem sabe usá-la.

Resistir à IA por medo, preguiça ou desconfiança é como abandonar uma corrida de Fórmula 1 para voltar a uma carroça. Não precisa ser especialista para começar. Experimente uma ferramenta. Faça um curso básico. Converse com um chatbot. Teste, erre, aprenda. O importante é dar o primeiro passo.

O futuro não espera. E a inovação não escolhe endereço – ela exige atitude. Se você quer estar no lado certo da mudança, abrace a IA. Não é sobre substituir o humano. É sobre ser mais humano, mais estratégico e mais preparado para um mundo que já mudou. Inovação não tem CEP, ela acontece onde tem gente disposta a fazer acontecer.

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