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Maior forno siderúrgico do Brasil produz 3,5 milhões de toneladas por ano e operou 28 anos sem parar

Alto‑Forno 1 da ArcelorMittal Tubarão lidera o setor com produtividade recorde, operação contínua entre 1983 e 2012 e capacidade de 3,5 milhões de toneladas anuais.

O Alto‑Forno 1 da ArcelorMittal Tubarão, localizado no Espírito Santo, consolidou-se como um marco da siderurgia nacional, combinando alta capacidade produtiva e eficiência operacional ao longo de décadas. Inaugurado em 30 de novembro de 1983, o equipamento exibiu uma impressionante campanha ininterrupta de 28 anos até sua primeira grande reforma em abril de 2012, totalizando mais de 10.387 dias de operação contínua — desempenho reconhecido como recorde mundial.

Com capacidade nominal de produção de ferro-gusa estimada em 3,5 milhões de toneladas por ano, o Alto‑Forno 1 da Tubarão divide a liderança no país com o Alto‑Forno 3 da CSN, que possui capacidade equivalente. Logo atrás, os fornos da Usiminas em Ipatinga (MG) e da Gerdau em Ouro Branco (MG) operam com capacidade anual de cerca de 3 milhões de toneladas.

A longevidade operativa do forno da Tubarão ressalta não apenas sua robustez mecânica, mas também a excelência administrativa e técnica da operação. Somente em 2012 foi realizada a primeira parada para reforma, um investimento de US$ 170 milhões que marcou o fim da primeira fase da campanha e garantiu maior eficiência energética e controle ambiental.

Este padrão de excelência se encaixa num contexto de modernização constante da siderurgia brasileira. A ArcelorMittal vem investindo em inovação, como o aproveitamento de gases para geração interna de energia, enquanto rivais como a CSN e a Usiminas conduzem programas de modernização em suas usinas para manter competitividade e reduzir pegada ambiental.

A trajetória do Alto‑Forno 1 da ArcelorMittal Tubarão ilustra como a indústria siderúrgica nacional pode combinar produtividade e longevidade, sustentada por investimentos robustos e gestão avançada. Se desejar, posso aprofundar sobre os impactos ambientais desse tipo de operação, as próximas etapas de modernização ou os planos de expansão das principais siderúrgicas brasileiras.

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