
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira três decretos executivos focados em inteligência artificial (IA), com destaque para a proibição de modelos de “IA consciente” no governo federal e o objetivo de transformar os EUA em uma potência exportadora de IA.
A principal ordem executiva estabelece que o governo não deve adquirir modelos de IA que incluam viés ideológico, especialmente relacionados a políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), consideradas pelo texto como ideologias “destrutivas”. O documento reforça que os modelos de linguagem devem ser neutros e apartidários, evitando manipulação de respostas para favorecer doutrinas políticas ou sociais.
O governo Trump também anunciou ações para desburocratizar regulamentações federais, estimulando a inovação em IA, e um programa para promover a exportação da tecnologia americana no mercado global.
Controvérsias e desafios da IA “anti-woke” e o caso Grok
As ordens executivas surgem em meio a debates acalorados sobre os vieses dos modelos de IA. A startup xAI, liderada por Elon Musk, está no centro das atenções com seu chatbot Grok, que se apresenta como uma IA “anti-woke” e que “busca a verdade”.
No entanto, Grok tem enfrentado críticas após episódios controversos, como comentários antissemitas e declarações que elogiaram Adolf Hitler, o que gerou ampla condenação e atenção de órgãos reguladores, como a União Europeia.
Apesar das polêmicas, o governo americano continua a incentivar o desenvolvimento acelerado da IA, concedendo contratos milionários para empresas como Anthropic, Google, OpenAI e xAI, visando aplicações em segurança nacional.
Futuro regulatório da IA nos EUA e no mundo
Enquanto isso, países ao redor do mundo trabalham na criação de regulamentações para IA generativa. Nos Estados Unidos, ainda não existe uma legislação federal abrangente para governar o desenvolvimento e uso da inteligência artificial, gerando debates sobre o equilíbrio entre inovação, ética e segurança.