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Vendas de PCs crescem 4,4% no segundo trimestre de 2025 com impulso do Windows 11

Atualizações corporativas e ciclo pós-pandemia impulsionam mercado global, mas ritmo pode desacelerar até o fim do ano

As remessas globais de computadores pessoais (PCs) ultrapassaram 63 milhões de unidades no segundo trimestre de 2025, representando um crescimento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados preliminares divulgados pelo Gartner.

A recuperação do setor foi impulsionada principalmente pela demanda corporativa, favorecida pelas migrações para o Windows 11 e pela substituição de máquinas adquiridas durante o pico da pandemia. Em contrapartida, as vendas para consumidores finais apresentaram retração, com muitos adiando novas compras.

“O crescimento neste trimestre foi sustentado por empresas renovando seus parques de desktops e adotando o Windows 11, enquanto os consumidores mostraram menos interesse em atualizações”, afirma Rishi Padhi, diretor de Pesquisa do Gartner.

A previsão da consultoria é que, ao longo de 2025, o mercado global de PCs registre crescimento de 2,4%. O movimento será puxado principalmente por antecipações de estoque diante de tarifas aplicadas nos EUA no primeiro semestre e pelos ciclos de substituição do Windows 11 em outros mercados.

No entanto, o Gartner alerta para uma possível desaceleração na segunda metade do ano. “Com a normalização da demanda, os fornecedores devem reduzir os volumes, o que pode resultar em excesso de estoque até o fim de 2025”, explica Padhi.

Panorama regional

As tendências variaram entre as regiões. A América do Norte apresentou uma leve queda de 0,5% nas remessas de PCs, enquanto o mercado da Ásia-Pacífico (APAC) estabilizou-se após trimestres consecutivos de retração. Já na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA), o crescimento foi de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024.

“A recuperação da EMEA e a estabilidade na APAC sinalizam uma melhora modesta no setor. O ciclo de atualização para o Windows 11 segue como principal motor, sobretudo nas substituições de desktops. No entanto, muitas empresas estão optando por atualizar os equipamentos existentes, em vez de investir em novos dispositivos”, conclui o especialista do Gartner.

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