Na segunda-feira, o Google anunciou a remoção de quase 11 mil canais do YouTube e outras contas associadas a campanhas de propaganda estatais da China, Rússia e outras nações durante o segundo trimestre de 2025.
Dentre essas exclusões, mais de 7.700 canais estavam relacionados à China. Esses canais difundiam principalmente conteúdos em chinês e inglês que promoviam a República Popular da China, apoiavam o presidente Xi Jinping e abordavam temas relacionados à política externa dos Estados Unidos.
Além disso, mais de 2 mil canais removidos tinham conexões com a Rússia. O material divulgado, em diversos idiomas, defendia a Rússia e criticava a Ucrânia, a OTAN e países ocidentais.
Em maio, o Google também derrubou 20 canais do YouTube, 4 contas de anúncios e um blog do Blogger vinculados ao RT, veículo estatal russo que, segundo acusações, teria pago influenciadores conservadores importantes para veicular conteúdo nas redes sociais antes das eleições americanas de 2024.
Personalidades como Tim Pool, Dave Rubin e Benny Johnson — todos apoiadores declarados do ex-presidente Donald Trump — produziram conteúdo para a Tenent Media, empresa do Tennessee mencionada na acusação, conforme apuração da NBC News. Vale lembrar que o YouTube iniciou o bloqueio dos canais do RT em março de 2022, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Essa ação faz parte do trabalho do Google Threat Analysis Group, que monitora e combate campanhas globais de desinformação e operações de influência coordenada.
No relatório referente ao segundo trimestre, o Google também destacou a remoção de campanhas de influência ligadas a países como Azerbaijão, Irã, Turquia, Israel, Romênia e Gana, direcionadas a adversários políticos. Algumas dessas campanhas focaram em narrativas conflitantes da Guerra Israel-Palestina.
“As descobertas do último relatório estão alinhadas às expectativas do nosso trabalho contínuo e regular”, afirmou um porta-voz do YouTube.
No primeiro trimestre de 2025, o Google já havia removido mais de 23 mil contas.
Na última semana, a Meta anunciou a remoção de aproximadamente 10 milhões de perfis falsos que se passavam por grandes produtores de conteúdo, no esforço de combater o spam e a desinformação até o meio do ano.
