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Como se Preparar para o Caos das Sanções EUA-Brasil

Por João Back

As relações entre o Brasil e os EUA estão bem bagunçadas ultimamente. Os líderes dos dois lados não se bicam por causa de diferenças ideológicas, e isso tá gerando uma tensão danada. O Brasil depende demais de tecnologias americanas, algo que a gente construiu ao longo de décadas, né? Agora, os EUA começaram a aplicar sanções, e como não rola diálogo nenhum entre os presidentes, isso pode piorar rapidinho. Se você toca um negócio aqui no Brasil, tem que parar e pensar direito no que isso pode significar. Não é só papo de política; pode bagunçar suas operações de verdade.

Vamos falar da dependência primeiro. O Brasil usa tecnologia dos EUA pra um monte de coisa: software, hardware, serviços de nuvem — aquelas paradas que fazem os negócios modernos girarem. Isso não veio do nada, foi se acumulando porque empresas como Google, Microsoft e Amazon oferecem ferramentas que funcionam bem e crescem junto com você. As empresas brasileiras abraçaram isso tudo, muitas vezes sem nem cogitar alternativas. Por quê? Porque era prático, os custos cabiam no bolso.

Mas as sanções estão mudando o jogo. Os EUA têm maneiras de cortar o acesso: controles de exportação, listas de proibidos, até desligar serviços. A gente já viu isso acontecer com outros países. Lembra da Huawei? As empresas chinesas tiveram que se virar nos 30. Se a coisa esquentar por aqui, as firmas brasileiras podem passar pelo mesmo perrengue. Imagina seu provedor de nuvem te bloqueando do nada, ou atualizações importantes de software sumirem. Não é ficção; é um risco real se as sanções pegarem nas exportações de tech.

O negócio é focar na continuidade dos negócios. Isso é basicamente planejar como não parar tudo quando a bomba estourar. Aqui, a bomba seria o agravamento das sanções. Você precisa avaliar os riscos de um jeito organizado. Quais tecnologias você usa que são cruciais? Faz uma lista: AWS pra hospedagem? Chips da Intel? Sistemas de pagamento ligados a bancos gringos? Pra cada item, se pergunta: e se cortarem o acesso?

Não é pra surtar, viu? É pra se preparar. Comece mapeando tudo que depende dos EUA nas suas operações. Identifique os pontos críticos. Aí, classifica os riscos: qual a chance de uma sanção bater ali? Qual o estrago? Usa algo simples, tipo alto, médio ou baixo. Isso vira um guia pra decidir o que fazer.

Com isso em mãos, pensa em como mitigar. É evitar o problema antes dele chegar. Diversifica os fornecedores, procura opções da Europa, Ásia ou até coisas feitas aqui no Brasil. Nem sempre é moleza — os americanos geralmente levam vantagem —, mas criar backups agora pode te salvar amanhã. Tipo, se você tá no nuvem americana, testa migrar parte das coisas pro Alibaba ou um provedor europeu. Vai custar uma grana no começo, mas é como um seguro.

Se mitigar não der conta, planeja a remediação e a recuperação. Remediação é consertar rápido quando der ruim: tem backups prontos, treina o time pra soluções improvisadas. Recuperação é voltar ao normal depois do baque, talvez trocando toda a estrutura de tech, o que demora e gasta. Quanto antes planejar, menos dor de cabeça.

Eu já vi isso rolar em startups. Os fundadores se amarram numa plataforma só porque é fácil, aí se ferram quando o preço sobe ou as regras mudam. Aqui é parecido, mas em escala de país. A diferença é que não dá pra virar a chave de uma hora pra outra. Criar alternativas leva anos. O Brasil devia investir pesado na própria infra de tech, mas as empresas não podem ficar esperando o governo. Tem que meter a mão na massa agora.

Uma cilada é achar que uma conversa vai resolver tudo. Os líderes não tão se falando, então não aposta num acordo do nada. Parte do princípio que pode piorar e se planeja. É tipo seguro: torce pra não usar, mas agradece por ter.

Pensar assim traz clareza. Você vê como as dependências são frágeis. Pode até dar um empurrão na inovação. Se as sanções obrigarem a gente a criar ferramentas próprias, isso vira uma vantagem nova. Olha o que a Rússia fez depois das sanções dela. Não é o mundo ideal, mas tem um lado bom.

Enfim, não deixa isso de lado. Mapeia os riscos, define uns parâmetros e começa os planos. É trabalho simples, mas pode salvar a pele se a coisa azedar.

 

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