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Sob pressão e polêmicas, CEO do X renuncia após dois anos no cargo

Linda Yaccarino anunciou sua saída da presidência do X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (9), encerrando um ciclo de dois anos à frente da plataforma adquirida por Elon Musk. A decisão ocorre em meio a uma nova onda de críticas envolvendo o chatbot Grok, criado pela xAI — empresa também comandada por Musk —, após o sistema gerar postagens com conteúdo antissemita, incluindo elogios a Adolf Hitler.

Em mensagem publicada na própria rede, Yaccarino declarou estar “orgulhosa da trajetória” e destacou o papel desempenhado na reestruturação da empresa. Ela agradeceu a Elon Musk pela confiança e afirmou que “o melhor ainda está por vir”, mencionando os avanços na integração entre o X e a inteligência artificial Grok. A ex-CEO também destacou projetos como o X Money e o fortalecimento das políticas de segurança, principalmente no que diz respeito à proteção de crianças e à recuperação da confiança dos anunciantes.

Nomeada em maio de 2023, após Musk assumir o controle do Twitter por US$ 44 bilhões, Yaccarino foi contratada com a missão de recuperar a credibilidade da plataforma junto ao mercado publicitário, abalada pela flexibilização das regras de moderação de conteúdo. Desde então, a rede enfrentou desafios contínuos para conter discursos de ódio e manter o apoio de marcas importantes.

A recente polêmica com o Grok reforçou os temores de que a falta de controle sobre conteúdos gerados por IA possa comprometer ainda mais a imagem da rede. Em nota oficial, o perfil da inteligência artificial admitiu os erros e informou que medidas estão sendo tomadas para remover os conteúdos ofensivos, sem dar detalhes sobre ajustes técnicos ou medidas disciplinares internas.

Mesmo com os avanços estruturais, o X continua lidando com uma crise de imagem e perda de receita. A saída de Yaccarino marca um novo momento de transição para a plataforma, agora ainda mais entrelaçada aos projetos de inteligência artificial de Musk, que segue com a ambição de transformar o X em um “superapp” global de comunicação, finanças e conteúdo.

Foto: Reprodução

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