De 8 a 12 de junho, estive em San Diego participando do Cisco Live 2025, um dos maiores eventos globais de tecnologia e posso afirmar: foi sem dúvida, uma das edições mais impactantes da história!
Mais de 22 mil pessoas se reuniram para discutir o presente e principalmente o futuro da conectividade, da segurança digital e claro, da inteligência artificial generativa. E como Diretor Comercial & Marketing da Telium Networks, e também colunista aqui do Café com Bytes, tive o privilégio de acompanhar de perto tudo isso.
Logo no início da minha cobertura, compartilhei com o público em minhas redes sociais a sensação de estar, literalmente, “falando do futuro”. O Cisco Live tem essa habilidade rara de misturar passado, presente e o que está por vir. Tudo em um só lugar, em tempo real, com uma energia lá em cima.
Inovação, IA e segurança: a tríade que dominou o evento
A abertura do evento ficou por conta de Kerry Gale, CMO da Cisco, e do CEO Chuck Robbins, que classificou esta edição como a mais importante de sua carreira. E não é exagero.
Segundo Robbins, a velocidade e a complexidade da transformação tecnológica atual superam até mesmo o que vivemos nos anos 1990 com a construção da internet. E ele fez questão de reforçar algo que acredito: a rede é a base de tudo.
Mas não é só sobre rede. A urgência da integração entre infraestrutura e segurança também ficou muito clara, especialmente diante da ascensão da IA generativa.
A inteligência artificial deixou de ser tendência: é pressão real
Durante os painéis e palestras, os números foram direto ao ponto:
- 98% dos líderes estão sob forte pressão para entregar resultados em IA;
- 85% acreditam que precisam fazer isso nos próximos 18 meses;
- E, apesar disso, a maioria ainda não se sente preparada.
A corrida pela adoção da inteligência artificial está acontecendo em escala global. E mais do que nunca, CEOs e conselhos estão focados em acelerar essa jornada, mas com responsabilidade, segurança e estratégia.
Esse novo cenário exige muito mais do que bons algoritmos. Estamos falando de redes robustas, com baixa latência, alta performance e menor consumo de energia. Tudo isso para sustentar aplicações que conectam humanos a agentes inteligentes em tempo real.
O modelo híbrido voltou e agora com papel de protagonista
Outro tema que foi enfático no Cisco Live foi a volta com força total do modelo híbrido de TI. Durante anos, a migração para a nuvem foi prioridade. Agora, vemos um movimento mais maduro: equilibrar nuvem pública com data centers privados.
Essa combinação vem se mostrando essencial para atender aos requisitos de performance, controle e segurança que a IA exige.
Meus aprendizados: três pilares para a transformação com IA
Ao final do evento, tive a chance de refletir sobre os assuntos abordados e compartilho aqui os três pilares que considero fundamentais para evoluirmos com inteligência na era da IA:
- Data Center – A base da transformação. Estamos vendo uma consolidação global (e também no Brasil) dos data centers como peça estratégica para garantir performance e escalabilidade.
- Segurança – Não existe transformação digital sem segurança integrada. É preciso pensar em segurança desde a infraestrutura até o nível das aplicações.
- Pessoas – Sim, a tecnologia é brilhante. Mas sem o fator humano, ela não se sustenta. Devemos conduzir seu uso com inteligência, sabedoria e responsabilidade.
“O futuro não será construído apenas por máquinas. Ele será moldado por pessoas capacitadas que saibam usar a tecnologia com sabedoria.”
(Essa foi uma das mensagens que deixei no evento, e sigo acreditando com cada vez mais convicção).
E agora?
Volto do Cisco Live 2025 com uma certeza: o futuro já começou, e ele exige de nós um novo olhar: mais ágil, mais seguro e mais consciente.
Obrigado pela leitura! Seguimos em frente, com os olhos no futuro e os pés firmes na inovação.
Nos vemos no próximo Café com Bytes!
Dênis Martinelli
