
A OpenAI, responsável pelo ChatGPT, anunciou uma pausa obrigatória de uma semana para parte de sua equipe, sob o argumento de que seria um período para “recarregar as energias”. No entanto, documentos internos revelados pela Wired apontam que a decisão não foi apenas motivada por cuidado com o bem-estar dos funcionários, mas sim por uma crise interna: a saída de talentos estratégicos para empresas concorrentes — especialmente a Meta.
Nos bastidores, a movimentação é vista como uma tentativa emergencial de conter a debandada e reorganizar sua estratégia de retenção. Recentemente, engenheiros e pesquisadores de alto nível da OpenAI têm migrado para a Meta, atraídos por propostas milionárias, que incluem bônus de até US$ 100 milhões. Esses profissionais estão sendo recrutados para trabalhar em projetos ambiciosos de superinteligência artificial sob a liderança de Mark Zuckerberg.
A situação na OpenAI se agravou devido à sobrecarga de trabalho, com relatos de jornadas que ultrapassam 80 horas semanais, e a instabilidade institucional causada por mudanças estruturais e tensões com a Microsoft, uma de suas principais parceiras. Para tentar conter a fuga, a liderança tem feito apelos diretos — inclusive por meio do CEO Sam Altman — aos colaboradores que demonstram interesse em sair, pedindo que conversem antes de tomar qualquer decisão.
O chefe de pesquisas da empresa, Mark Chen, chegou a comparar a situação com uma invasão domiciliar, ressaltando que a equipe está sendo “roubada” por ofertas agressivas. A promessa, agora, é encontrar maneiras criativas de reter talentos e transformar o ChatGPT em um assistente digital multifuncional ainda este ano — enquanto empresas chinesas como a DeepSeek também ganham terreno no radar da concorrência global em IA.
Foto: Reprodução