A Organização Trump, conglomerado que administra os negócios do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana sua entrada oficial no setor de telecomunicações. Batizado de Trump Mobile, o novo braço da empresa lançará um smartphone próprio, com fabricação nacional, ao custo inicial de US$ 499. Além disso, promete oferecer um pacote completo de serviços de telefonia móvel, incluindo mensagens de texto ilimitadas, GPS e até suporte a atendimentos de telemedicina.
O diferencial do projeto está na ênfase à produção e operação inteiramente dentro dos Estados Unidos — desde os aparelhos até os centros de atendimento ao cliente, o que reforça o discurso de valorização da indústria americana, característica constante nas campanhas de Trump. A iniciativa também pode ser interpretada como um aceno político ao eleitorado conservador, que busca alternativas tecnológicas fora dos grandes conglomerados do Vale do Silício.
Apesar de Donald Trump afirmar que transferiu o controle da organização para seus filhos, como ocorreu em seu primeiro mandato, analistas voltam a levantar preocupações sobre possíveis conflitos de interesse, especialmente com o lançamento de um produto comercial tão próximo a um novo ciclo eleitoral. O envolvimento indireto do presidente em negócios privados continua sendo uma zona cinzenta da ética pública norte-americana.
Com a adição da telefonia móvel ao portfólio, que já inclui empreendimentos imobiliários, resorts de luxo e campos de golfe, a marca Trump amplia seu alcance para um setor de altíssima competitividade, apostando na fidelidade de seu público como trunfo para ganhar espaço. Ainda não há previsão de lançamento internacional nem detalhes sobre o sistema operacional utilizado pelo aparelho.
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