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Fim do suporte ao SAP ECC acelera modernização e amplia disputa por talentos e nuvem no Brasil

Com o encerramento do suporte técnico oficial ao SAP ECC programado para 2027, empresas brasileiras se mobilizam para revisar suas estratégias de tecnologia. A iminência da descontinuação do sistema — que, embora tenha manutenção estendida até 2030, deixará de receber atualizações de segurança e melhorias a partir de 2027 — está forçando organizações a acelerar a migração para o SAP S/4HANA. O impacto é ainda mais imediato no módulo GRC NFe, cuja manutenção se encerra já em dezembro de 2025.

Essa movimentação faz parte de uma transformação mais ampla no ecossistema SAP, revelada pelo relatório ISG Provider Lens™ SAP Ecosystem 2025, divulgado pela TGT ISG. A modernização das plataformas de ERP ganhou novo fôlego com iniciativas como RISE with SAP e GROW with SAP, que oferecem caminhos mais flexíveis e escaláveis para adoção em nuvem, especialmente com a crescente colaboração entre fornecedores SAP e grandes provedores de infraestrutura em nuvem, como os hyperscalers.

Nesse cenário, o contexto regulatório brasileiro também exerce forte influência. A reforma tributária em curso tem obrigado as empresas a adaptar seus sistemas para garantir conformidade fiscal, gerando alta demanda por soluções integradas que combinem agilidade, inteligência fiscal e facilidade de atualização.

Ferramentas como o SAP Signavio, incorporado à SAP em 2021, têm se mostrado cruciais para mapear, otimizar e documentar processos de negócios. Já o SAP SuccessFactors HXM ganha protagonismo ao centralizar a gestão de capital humano, impulsionando ações voltadas para diversidade, inclusão e análise de dados em tempo real — aspectos hoje considerados estratégicos pelas empresas na guerra por talentos.

A escassez de profissionais de TI qualificados, por sua vez, tem levado os fornecedores de serviços SAP a ampliar os investimentos em formação, certificações e capacitação contínua. Essa movimentação é vista como essencial para sustentar a transformação digital e a qualidade das entregas em um mercado cada vez mais competitivo.

Os modelos tradicionais de AMS (Application Managed Services) e MCS (Managed Cloud Services) também estão sendo redesenhados. Com a popularização da automação e da inteligência artificial, ganha espaço uma abordagem mais preditiva e centrada em dados, com monitoramento contínuo, redução de riscos operacionais e integração fluida entre ambientes locais e em nuvem.

De acordo com o relatório, os fornecedores que lideram esse processo de inovação são os que conseguem unir consultoria estratégica, expertise técnica e escalabilidade. Empresas como Accenture, Atos, Capgemini, Deloitte e T-Systems se destacam em quatro dos cinco quadrantes analisados; já NTT DATA e Wipro aparecem em três. Infosys, Softtek, Stefanini e Tech Mahindra figuram como líderes em dois, enquanto BCI Consulting, Essence, Megawork, Meta, SEIDOR, Strada, entre outros, conquistam posição de liderança em ao menos um quadrante.

Ainda segundo a análise, empresas como Minsait, Engine e SPS Group são apontadas como “Rising Stars” — provedoras com alto potencial de crescimento e portfólios em ascensão. Para os especialistas, a consolidação desses fornecedores dependerá da habilidade de inovar continuamente, adaptar-se às exigências do mercado e entregar soluções que combinem eficiência operacional com segurança e flexibilidade.

Foto: Reprodução

Luiza Carneiro

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