A Natura, em parceria com a CI&T, está protagonizando uma iniciativa pioneira ao integrar inteligência artificial no aprimoramento da acessibilidade digital de suas plataformas. O projeto visa beneficiar diretamente cerca de 1,8 milhão de consultoras de beleza da Natura e da Avon, tornando a experiência online mais fluida, intuitiva e adaptada às mais diversas necessidades dos usuários.
A proposta surge como resposta ao desafio persistente da exclusão digital no Brasil, onde menos de 3% das plataformas online atendem de forma adequada aos critérios de acessibilidade, de acordo com dados da BigDataCorp. Para mudar esse cenário, mais de 60 especialistas em tecnologia, produto e design estão envolvidos na construção de soluções digitais que respeitem a diversidade e promovam o acesso pleno à informação.
Um dos aspectos mais inovadores do projeto é a presença ativa de colaboradores com deficiência no processo de criação e validação das interfaces. Essa inclusão vai além da representatividade: traz um olhar prático e empático às ferramentas desenvolvidas, resultando em soluções mais eficazes. Entre os recursos já implementados estão correções automáticas de contraste, inserção de textos alternativos em imagens e adaptações para navegação via teclado — fundamentais para pessoas com limitações visuais ou motoras.
A inteligência artificial é o motor por trás dessas melhorias. Por meio da plataforma FLOW, as interfaces digitais são analisadas com base nas diretrizes internacionais WCAG e nos princípios de acessibilidade A11Y, permitindo diagnósticos técnicos e ajustes em tempo real. A automação de testes recorrentes garante maior eficiência e padronização na implementação das melhorias.
Outro pilar essencial do projeto é o investimento em formação. A CI&T e a Natura têm promovido treinamentos e oficinas voltados à empatia e acessibilidade, com o objetivo de sensibilizar suas equipes e fomentar uma cultura mais inclusiva em todo o ecossistema. Essa abordagem integrada — tecnologia, escuta ativa e educação — mostra como a transformação digital pode, de fato, ser um caminho concreto para a inclusão.
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