A corrida espacial ganhou um novo protagonista de peso. No último sábado (17), a empresa chinesa LandSpace Technology, com sede em Pequim, lançou com êxito um foguete movido a metano, consolidando-se como pioneira mundial nessa tecnologia promissora e superando gigantes como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos.
O modelo Zhuque-2E Y2, que decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China, levou seis satélites à órbita da Terra e marcou o quinto lançamento da família Zhuque-2. Este feito representa não apenas uma conquista tecnológica, mas também um avanço estratégico no cenário aeroespacial global.
A escolha do metano como combustível não é por acaso. Ele oferece uma combinação rara de eficiência, menor impacto ambiental e custo reduzido, além de ser mais seguro no manuseio em comparação com os tradicionais combustíveis à base de hidrocarbonetos. Essas características tornam o metano ideal para foguetes reutilizáveis, uma das grandes apostas para o futuro da exploração espacial.
Embora a LandSpace já tivesse feito história em julho de 2023, ao realizar o primeiro voo bem-sucedido de um foguete usando metano e oxigênio líquido, o lançamento mais recente reforça sua posição de liderança nesse segmento. Com o aumento da carga útil do Zhuque-2E Y2, a empresa demonstra sua capacidade de acompanhar a crescente demanda por lançamentos comerciais, especialmente em meio à corrida global por constelações de satélites – como a Starlink, de Musk.
A movimentação da LandSpace ocorre em um momento em que a China intensifica seus investimentos no setor aeroespacial privado, impulsionando inovações que miram não só o domínio da órbita terrestre, mas também o fortalecimento de sua soberania tecnológica frente às potências ocidentais.
Se antes o espaço era dominado por agências estatais, agora startups como a LandSpace mostram que a nova fronteira da exploração espacial será traçada por empresas ousadas, dispostas a inovar em cada etapa do caminho.
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