
A Méliuz, conhecida por seu modelo de cashback e listada na B3 sob o ticker CASH3, deu um passo ousado rumo à nova economia digital. A empresa adotou uma estratégia inédita de tesouraria corporativa baseada em ativos digitais, oficializando a compra de 320,25 bitcoins como reserva financeira. A operação, que teve um custo médio de US$ 101.703,80 por unidade, marca a entrada definitiva da companhia no movimento global de diversificação com criptomoedas.
Como parte dessa reestruturação estratégica, a Méliuz também anunciou uma oferta pública de ações (OPA) com o objetivo de levantar até R$ 150 milhões no mercado. A operação será precificada em 12 de junho e contará inicialmente com 17 milhões de papéis — com possibilidade de ampliação em até 200%, conforme o interesse de investidores, principalmente os qualificados. A estimativa de arrecadação tem como base a cotação de R$ 8,82 por ação.
O destaque da oferta vai além do montante: ela trará um pacote atrativo de 50,68 milhões de bônus de subscrição distribuídos em 10 séries, adicionando um componente de incentivo para os atuais e novos acionistas. Esse movimento fortalece a posição da Méliuz como uma fintech que abraça a tecnologia blockchain como pilar de crescimento e inovação.
Apesar de não se tratar de um ICO (Oferta Inicial de Moeda), a iniciativa da Méliuz dialoga com o ecossistema cripto, sinalizando que a empresa enxerga valor na digitalização financeira e nas oportunidades que surgem com a tokenização de ativos.
O mercado respondeu positivamente ao reposicionamento. O BTG Pactual, um dos maiores bancos de investimento da América Latina, aumentou sua participação acionária na empresa para 8,12%, sinalizando confiança na nova direção adotada. O respaldo institucional fortalece o discurso da companhia sobre a segurança, a transparência e o potencial de valorização envolvidos na sua nova estratégia.
Com essa combinação de ousadia e planejamento, a Méliuz não apenas reforça sua presença no mercado financeiro tradicional, como também se alinha às tendências mais inovadoras do setor. A iniciativa pode representar um diferencial competitivo relevante, abrindo caminho para a expansão da base de investidores e uma valorização mais consistente na bolsa.
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