
O universo da cibersegurança vive uma ruptura silenciosa, mas decisiva, e os provedores de serviços gerenciados (MSPs) estão no centro dessa transição. Deixando para trás o modelo reativo, os MSPs agora precisam operar em um cenário em que disponibilidade ininterrupta e resposta rápida a ameaças são exigências mínimas. Três grandes desafios despontam como cruciais para essa nova fase: a consolidação da Detecção e Resposta Gerenciada (MDR) como um requisito essencial; a complexidade gerada por plataformas fragmentadas; e a crescente escassez de talentos qualificados em segurança da informação.
Com ataques cibernéticos mais frequentes fora do horário comercial, como revelam estudos que apontam que 88% das invasões de ransomware ocorrem à noite, o modelo de defesa automatizado tornou-se insuficiente. A MDR se firmou como padrão – e não mais como um diferencial –, exigindo operações que combinem tecnologia e expertise humana em tempo integral. Paralelamente, os MSPs enfrentam um alto custo operacional ao lidar com diversas ferramentas desconectadas, sendo que a integração de sistemas pode representar ganhos substanciais de eficiência. Para complicar, a falta de profissionais qualificados em cibersegurança afeta diretamente a escalabilidade do negócio, exigindo novos caminhos de formação e retenção.
Frente a esse cenário, a atuação de parceiros estratégicos se torna determinante. Iniciativas como o programa MSP Elevate, da Sophos, surgem para oferecer suporte técnico, ferramentas integradas e incentivos econômicos, buscando equilibrar resiliência e rentabilidade. No mundo atual, os MSPs não apenas defendem infraestruturas digitais: protegem a continuidade de negócios, o valor de marcas e a confiança em ecossistemas inteiros. Reconhecer e adaptar-se a esses três vetores de mudança é o que separa a sobrevivência da obsolescência.
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