
A vida útil da bateria do celular continua sendo um dos pontos mais sensíveis para os usuários. Mesmo com avanços tecnológicos, muitos ainda enfrentam o desgaste prematuro da carga e, em muitos casos, nem imaginam que algumas funções desnecessárias estão por trás disso. Essas ferramentas, que atuam em segundo plano, parecem inofensivas, mas consomem energia de forma constante e silenciosa. Ao desativá-las, é possível prolongar a duração da bateria e melhorar o desempenho geral do dispositivo. Veja a seguir quais são esses recursos e como desabilitá-los para tornar seu celular mais eficiente.
Um dos primeiros ajustes que merecem atenção está na taxa de atualização da tela. Embora taxas mais altas — como 120 Hz — proporcionem uma navegação mais fluida, elas consomem muito mais energia. Para usuários que não estão constantemente jogando ou assistindo vídeos de alta definição, o ideal é reduzir essa taxa para 60 Hz e economizar bateria consideravelmente.
Outro grande consumidor de energia é o comando de voz do Google. A função “Ok Google”, que mantém o microfone do celular ativo o tempo todo à espera de comandos, pode parecer prática, mas é altamente exigente para a bateria. Se você não usa esse assistente com frequência, desativá-lo pode resultar em uma melhora significativa na autonomia do aparelho.
As notificações também merecem atenção. Muitos aplicativos enviam alertas que, na prática, pouco contribuem para o dia a dia do usuário. Além de desviar o foco, essas notificações demandam energia constante. O ideal é revisar quais aplicativos realmente merecem emitir avisos e desabilitar os demais.
Os sons e vibrações do teclado são outro detalhe que passa despercebido. Cada toque gera uma resposta tátil e sonora que, embora pareça insignificante, representa esforço extra para os componentes do dispositivo. Para quem deseja economizar carga, desligar essas respostas pode fazer diferença ao longo do dia.
A funcionalidade “Tela Sempre Ativa”, popular em modelos mais recentes, mantém parte do display ligada mesmo com o celular bloqueado. Relógio, notificações e outros dados ficam visíveis o tempo todo, mas isso custa bateria. A menos que você dependa desse recurso constantemente, o melhor é desabilitá-lo e configurar o tempo de inatividade da tela para algo mais curto.
Há ainda uma função pouco conhecida chamada “Uso e diagnósticos”. Presente em celulares Android, esse recurso coleta informações sobre o uso do sistema e envia para o Google. A coleta em tempo real consome energia mesmo quando o celular está em repouso. Desativar essa função é simples e pode evitar desgaste desnecessário.
Por fim, o rastreamento de dispositivos próximos, habilitado automaticamente em muitos modelos — especialmente os da Samsung — mantém o celular constantemente em busca de conexões, mesmo com o Bluetooth desligado. Embora seja útil em alguns contextos, é mais vantajoso desligar a função e ativá-la apenas quando necessário.
Cuidar da bateria do celular não se resume apenas a desligar o Wi-Fi ou reduzir o brilho da tela. Pequenas configurações e hábitos fazem toda a diferença no longo prazo. Ajustes como os listados acima ajudam a garantir que a energia do seu aparelho dure mais e que a bateria mantenha sua integridade por muito mais tempo.
Foto: Reprodução