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Malwares no Android: 8 falsas seguranças que podem colocar seu celular em risco

Em um universo digital cada vez mais interconectado, os smartphones se tornaram alvos preferenciais de ataques cibernéticos — e o sistema Android, por sua popularidade global, está no centro dessa disputa. Apesar de muitos acreditarem estar protegidos, há uma série de mitos que alimentam uma sensação falsa de segurança. A seguir, desmistificamos oito equívocos comuns sobre a proteção contra malwares no Android e explicamos como realmente proteger seu dispositivo.

Um dos enganos mais recorrentes é acreditar que apenas apps baixados fora da Play Store oferecem riscos. Embora a loja oficial da Google conte com filtros de segurança, ela não é infalível. Golpistas têm conseguido burlar os mecanismos de proteção com aplicativos aparentemente inofensivos — como jogos casuais ou ferramentas de utilidade — que, na verdade, coletam dados e operam silenciosamente em segundo plano.

Outro mito perigoso é achar que, ao usar uma versão recente do sistema, como o Android 13 ou superior, o celular está automaticamente seguro. A verdade é que até os dispositivos mais atualizados estão sujeitos a brechas, já que os criadores de malware também evoluem e desenvolvem ataques cada vez mais sofisticados. O mesmo vale para o uso exclusivo de antivírus: embora importantes, essas ferramentas não substituem boas práticas digitais, como evitar apps desconhecidos, revisar permissões e manter o sistema sempre atualizado.

É comum ainda acreditar que, ao ser infectado, o celular apresentará sinais imediatos. Nem sempre é o caso. Muitos malwares operam de forma invisível, e os indícios surgem apenas com o tempo — como superaquecimento, lentidão, uso anormal de dados ou propagação de notificações não solicitadas. Um diagnóstico certeiro exige atenção contínua e, eventualmente, o uso de recursos como o Play Protect, que já vem integrado ao sistema.

Outro equívoco está na ideia de que uma simples restauração de fábrica apaga todo e qualquer vírus. Embora eficiente em situações leves, a medida pode não ser suficiente contra malwares mais resistentes, que exigem ações mais complexas, como a reinstalação do sistema operacional.

Usuários que fazem root no aparelho também estão no radar. Esse procedimento, que libera controle total sobre o sistema, realmente reduz as camadas de segurança nativas do Android, mas não significa, por si só, que o celular será infectado. Com uso responsável e ferramentas adicionais, é possível mitigar riscos.

As VPNs, por sua vez, são frequentemente vistas como barreiras impenetráveis. Elas cumprem bem seu papel de proteger a privacidade e criptografar dados, mas não são capazes de impedir a entrada de malwares — essa função deve ser compartilhada com outras medidas de segurança.

Por fim, confiar exclusivamente no Google Play Protect, embora seja uma boa prática, não garante blindagem total. O serviço analisa apps na instalação e durante o uso, mas pode não identificar comportamentos maliciosos mais sofisticados. A proteção ideal combina tecnologia, vigilância constante e decisões conscientes.

Como se proteger de verdade?
A segurança digital no Android depende de um conjunto de ações integradas: baixe apps apenas de fontes confiáveis, mas nunca abra mão de checar permissões e reputações. Mantenha o sistema operacional e os aplicativos atualizados com as últimas correções de segurança. Use antivírus e VPNs, mas como aliados e não como únicas defesas. E acima de tudo, esteja atento: em cibersegurança, o bom senso é sempre a primeira linha de defesa.

Foto: Reprodução

Luiza Carneiro

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