A fronteira entre o humano e o digital está cada vez mais tênue no mundo corporativo. Prova disso são os movimentos recentes de gigantes como Zoom e Klarna, cujos CEOs adotaram avatares de inteligência artificial para substituí-los em vídeos institucionais. Eric Yuan, do Zoom, utilizou uma versão digital de si mesmo para apresentar os resultados da empresa, utilizando o próprio sistema da companhia, o Zoom AI Companion, em uma demonstração prática das capacidades da ferramenta. Já Sebastian Siemiatkowski, da fintech sueca Klarna, delegou à IA a gravação de um comunicado no YouTube, reforçando o discurso de inovação da marca.
Enquanto no Brasil os líderes ainda não aderiram aos avatares em apresentações formais, a presença da inteligência artificial já se consolidou em áreas estratégicas, especialmente nos setores bancário e de atendimento ao cliente. De acordo com levantamento da Febraban em parceria com a Deloitte, 80% dos bancos nacionais já incorporam IA generativa, gerando um ganho médio de 11,4% em eficiência operacional. A tecnologia também está sendo usada para ampliar o acesso e a inclusão — como no caso da Caixa, que propõe tradutores baseados em IA para atender comunidades indígenas na COP30. Exemplos como o da Ademicon, que criou a agente virtual “Rose”, e da InfinitePay, que automatiza 75% de seus atendimentos com IA, mostram que a liderança digital vai além do palco e dos holofotes — ela está também nos bastidores, otimizando cada contato com o cliente.
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