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Inteligência Artificial consome volumes alarmantes de água e reacende alerta ambiental no Brasil

A ascensão da inteligência artificial, apesar de revolucionar setores inteiros, traz impactos invisíveis — e cada vez mais preocupantes — sobre o meio ambiente. Uma análise recente revela que, a cada 20 a 50 perguntas feitas a um sistema como o ChatGPT, até meio litro de água potável é evaporado para resfriar os servidores de data centers. A escala assusta: com 400 milhões de usuários semanais, o consumo semanal global pode chegar a 200 milhões de litros, volume suficiente para abastecer cidades como Guarulhos (SP) por um dia inteiro.

A proposta do governo brasileiro de atrair data centers com incentivos fiscais — como a isenção de impostos — reacende a discussão sobre segurança hídrica, especialmente em um país que viveu sua pior seca em 2024. A justificativa oficial é que o Brasil oferece uma matriz energética mais limpa, mas especialistas alertam para a falta de estudos ambientais e o risco de sobrecarregar regiões já vulneráveis. Em 2023, o Google e a Microsoft usaram, respectivamente, 24 bilhões e 12,9 bilhões de litros de água em suas operações. O avanço da IA exige políticas públicas robustas, fiscalização ambiental e metas sustentáveis claras — do contrário, o custo ecológico da digitalização pode se tornar insustentável.

Foto: Reprodução

Luiza Carneiro

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