
Prós
- Homenagem bem-sucedida à comédia clássica
O filme consegue capturar o espírito absurdo dos originais: piadas visuais, humor escatológico, referências pop-culturais e momentos de humor que dependem tanto do timing quanto da situação ridícula.
A proposta de trazer Frank Drebin Jr., filho do original, permite que se faça uma transição nostálgica sem tentar apenas replicar Leslie Nielsen — o que facilita a aceitação.
- Atuação de Liam Neeson em papel de comédia
Neeson entrega um “deadpan” (expressão séria, no meio do caos) bastante competente. Ele não é uma cópia de Nielsen — o que pode ser bom, pois evita comparação direta —, mas sua postura ajuda a equilibrar o exagero do roteiro.
- Ritmo curto e focado em piadas
Com aproximadamente 85 minutos, o filme evita se estender demais. Ele não tenta construir profundidades dramáticas — praticamente todas as suas energias vão para fazer rir, para satirizar clichês, para criar sequências absurdas. Para quem gosta desse tipo de comédia, é um trunfo.
- Recepção crítica geral bastante positiva
No Rotten Tomatoes marcou 93% de aprovação, o que demonstra que muitos críticos veem com bons olhos que o filme “honre seu legado” sem cair em mera repetição.
Contras
- Humor que nem sempre vai funcionar para todos
Muitas piadas são extremamente absurdas, escatológicas ou rasteiras. Se você não estiver no clima de “comédia sem filtro”, pode se sentir desconfortável ou achar que o filme exagera mais do que diverte em determinados momentos.
- Desenvolvimento de enredo bastante frouxo
A trama existe mais como pretexto para as cenas cômicas do que como algo coeso. Há momentos em que os personagens parecem meramente instrumentos para gag, sem grande evolução ou tensão narrativa real. Isso não é necessariamente um problema se o que você quer é rir, mas pode incomodar quem busca alguma profundidade ou conexão emocional.
- Comparações inevitáveis com os clássicos
Sempre haverá aquela voz interior perguntando “como ficaria se fosse o Leslie Nielsen?”. Alguns críticos apontam que, embora Neeson faça bem o papel, não tem aquela inocência meio surreal e graciosa que Nielsen tinha — o tipo de inocência que permitia que absurdos funcionassem quase de forma poética.
- Parte final mais dependente de slapstick
O filme vai num crescendo de piadas visuais, exageros físicos, situações cada vez mais absurdas — o que é ótimo para muitos, mas pode “cansar” se o público não estiver preparado para esse tipo de humor contínuo. Alguns momentos do terceiro ato são apontados como menos afiados que o começo.
Vale a pena assistir no Prime?
Sim — Naked Gun (2025) vale a pena assistir, especialmente se você gosta de comédia exagerada, paródia e filmes que não se levam a sério. Se estiver no Prime Video ou em qualquer outro serviço de streaming que você já assine, ele oferece um ótimo custo-benefício:
- É entretenimento leve para assistir sem muito compromisso intelectual.
- Serve para fugir um pouco de produções densas ou pesadas.
Tem o charme da nostalgia revisitada, mas traz algo próprio, com uma nova geração do estilo “absurdo engraçado”.