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Estudo da Thomson Reuters mostra que 69% das empresas brasileiras esperam forte impacto da reforma tributária até 2030

Pesquisa com profissionais corporativos revela que companhias aceleram a digitalização e buscam apoio especializado para se adaptar à nova estrutura do sistema tributário brasileiro.

A Thomson Reuters divulgou o estudo “Reforma Tributária do Brasil 2025: Como profissionais corporativos estão aderindo às mudanças práticas”, que analisa como as organizações brasileiras estão se preparando para a maior transformação tributária da história do país. Realizada entre julho e agosto de 2025 com profissionais de departamentos tributários corporativos, a pesquisa aponta que 69% dos entrevistados esperam impactos significativos da reforma tributária em suas empresas nos próximos cinco anos. O levantamento também revela uma divisão de maturidade: 35% das companhias já avançaram para a fase de adaptação, enquanto 63% ainda estão em estágio inicial ou de planejamento.

A Lei Complementar 214, sancionada em janeiro de 2025, foi o principal catalisador dessa transição, levando a reforma do campo normativo para a realidade operacional das empresas. Segundo o estudo, estratégia empresarial e resultados representam 59% do impacto esperado, evidenciando uma abordagem prática e voltada a desempenho. As substituições do ISS e ICMS pelo IBS, e do PIS/COFINS pela CBS, concentram 38% do impacto geral previsto. Já 46% das mudanças estão ligadas à gestão de créditos tributários e incentivos, incluindo a migração para o regime de caixa e a eliminação de incentivos do ICMS.

A tecnologia aparece como um dos principais diferenciais competitivos neste novo cenário. A maioria das empresas está planejando ou acelerando adaptações tecnológicas para atender às novas exigências fiscais. As atualizações de sistemas surgem como a principal prioridade, já que os tributos IBS, CBS e IS exigem revisão completa dos sistemas fiscais. Cerca de 66% dos entrevistados classificam os ajustes em documentos fiscais eletrônicos como “relevantes, porém desafiadores”.

Outro destaque é o papel das consultorias especializadas. O estudo mostra que 27,9% das empresas já contrataram consultores externos especializados em reforma tributária para avaliar impactos em precificação e contratos. Mais da metade das organizações também busca apoio técnico para interpretação regulatória, fortalecendo a colaboração entre equipes internas e especialistas externos — fator que está gerando vantagem competitiva mensurável.

A percepção de que os efeitos da reforma serão sentidos rapidamente cria uma corrida pela digitalização. De acordo com a pesquisa, 69% dos entrevistados esperam impactos nos próximos cinco anos, o que pressiona o mercado por soluções tecnológicas robustas e integradas. As empresas que já avançaram para a fase de implementação ativa — cerca de 35% — estão definindo uma nova fronteira de eficiência e conformidade fiscal.

Quase metade dos impactos esperados (46%) está relacionada à gestão de créditos tributários e incentivos, com destaque para a adoção do regime de caixa. O estudo indica que sistemas tributários digitais estão deixando de ser ferramentas de compliance e se tornando instrumentos estratégicos de gestão financeira e competitividade. Para 41% dos profissionais, o maior ganho da transformação digital está na redução da complexidade tributária e na simplificação das obrigações acessórias. As soluções tecnológicas e o suporte de parceiros especializados estão proporcionando clareza operacional e eficiência, com impacto direto nos resultados corporativos.

O levantamento da Thomson Reuters reforça que a reforma tributária de 2025 está redefinindo o cenário empresarial brasileiro. A combinação entre tecnologia, consultoria estratégica e digitalização fiscal surge como o tripé essencial para garantir conformidade, eficiência e vantagem competitiva em um sistema tributário em transformação.

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