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Ações da Xiaomi despencam após acidente fatal com SU7 e falha nas maçanetas eletrônicas

O incidente envolvendo um sedã Xiaomi SU7 em chamas na China reacende o debate sobre a segurança das maçanetas eletrônicas e pressiona o mercado de veículos elétricos.

A Xiaomi, gigante chinesa de tecnologia e fabricante de veículos elétricos, viu suas ações caírem mais de 5% nesta segunda-feira (13) após relatos de que as portas de um modelo SU7 não abriram durante um grave acidente na China, que resultou em uma morte.

Os papéis da empresa chegaram a despencar 8,7% na Bolsa de Hong Kong, registrando a maior queda desde abril. As perdas foram parcialmente reduzidas após imagens e vídeos de um Xiaomi SU7 em chamas circularem nas redes sociais chinesas, gerando forte comoção pública.

De acordo com testemunhas, transeuntes tentaram abrir as portas do veículo, mas as maçanetas eletrônicas não responderam, impedindo o resgate do ocupante. Somente após o uso de extintores de incêndio, as chamas foram controladas, segundo relatos da imprensa local.

A polícia de Chengdu informou que o acidente ocorreu após uma colisão entre dois sedãs, e que o motorista de 31 anos do SU7 — que morreu no local — dirigia sob suspeita de embriaguez.

A Xiaomi, que expandiu recentemente seus negócios para o setor automotivo, ainda não se pronunciou sobre o caso.

Este é o segundo acidente fatal envolvendo o SU7 neste ano, reacendendo dúvidas sobre os sistemas de direção inteligente e a segurança dos componentes eletrônicos do modelo. O episódio também impulsiona um debate global sobre as maçanetas eletrônicas, tecnologia popularizada pela Tesla e amplamente adotada por outras montadoras de carros elétricos.

Diferente das maçanetas mecânicas, os modelos eletrônicos dependem de sensores e energia elétrica, o que pode resultar em falhas durante incêndios ou quedas de energia — como sugerem os casos recentes.

Na China, autoridades avaliam proibir esse tipo de maçaneta em veículos novos, segundo a mídia estatal. A preocupação também cresce fora do país: nos Estados Unidos, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) abriu uma investigação sobre 174 mil unidades do Tesla Model Y após relatos semelhantes de falhas nas maçanetas.

O caso do SU7 representa mais um desafio para a Xiaomi no competitivo mercado de veículos elétricos inteligentes, onde a segurança e a confiabilidade tecnológica têm se tornado fatores críticos para o consumidor e para os investidores.

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