
Com a digitalização crescente do setor hoteleiro brasileiro, os hotéis têm conquistado ganhos expressivos em eficiência e experiência do cliente, mas também se tornaram alvos de ciberataques sofisticados, agora impulsionados por inteligência artificial (IA). Sistemas conectados, internet das coisas (IoT), redes Wi-Fi abertas e serviços em nuvem ampliaram a superfície de ataque, expondo dados sensíveis de hóspedes e operações críticas.
O uso de ataques automatizados por IA permite que vulnerabilidades sejam identificadas e exploradas de forma muito mais rápida e eficiente do que métodos tradicionais, aumentando o risco de fraudes, interrupção de serviços e danos à reputação do hotel. Estima-se que os ataques cibernéticos podem gerar perdas milionárias, afetando sistemas de reservas, gestão de pagamentos e a confiança dos clientes. Apesar de grande parte das indústrias brasileiras já utilizar tecnologias modernas para aumentar a eficiência, o setor hoteleiro ainda enfrenta desafios para integrar inovação tecnológica com soluções de segurança digital robustas.
Para enfrentar esses riscos, muitos hotéis têm investido em sistemas avançados de cibersegurança, utilizando inteligência artificial para detectar padrões anômalos, automações que bloqueiam falhas em tempo real e plataformas de gestão de riscos digitais que monitoram vulnerabilidades e incidentes. Além disso, sensores, câmeras e sistemas conectados funcionam em conjunto para neutralizar ameaças antes que se concretizem.
Embora a tecnologia seja fundamental, erros humanos continuam entre as principais causas de falhas de segurança, o que torna essencial a capacitação e conscientização das equipes, desde a recepção até os profissionais de TI, garantindo que boas práticas sejam adotadas diariamente. A legislação também tem papel importante: a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que hotéis adotem medidas rigorosas para proteger informações pessoais, monitorar incidentes e reportar violações. Com a evolução constante dos ataques cibernéticos, a regulamentação tende a se tornar ainda mais rigorosa, impondo novas obrigações aos estabelecimentos.
Diante desse cenário, a cibersegurança precisa ser considerada uma prioridade estratégica pelos hotéis brasileiros. A implementação de sistemas integrados de proteção, combinada com inteligência artificial e monitoramento contínuo, é essencial para proteger dados sensíveis, preservar a confiança dos clientes e garantir a continuidade das operações, assegurando que a digitalização seja um aliado e não uma vulnerabilidade.