Um acordo preliminar para manter o TikTok ativo nos Estados Unidos não incluirá participação acionária do governo federal nem uma chamada “ação de ouro” na empresa de mídia social, afirmou um alto funcionário da Casa Branca nesta segunda-feira.
Segundo a autoridade, o plano prevê que as operações do aplicativo de vídeos nos EUA sejam conduzidas por uma nova joint venture, cujo conselho de administração será formado majoritariamente por membros americanos. Nenhum desses diretores será escolhido pelo governo.
De acordo com o funcionário, a gigante de tecnologia Oracle ficará responsável por supervisionar as operações de segurança da plataforma.
Apoio de Trump e prazo estendido
O presidente Donald Trump deverá assinar ainda nesta semana uma ordem executiva para apoiar o acordo proposto e, ao mesmo tempo, estender novamente o prazo para que o TikTok seja banido ou reestruturado nos EUA.
Questionado sobre possíveis entraves, o funcionário afirmou acreditar que a China já aprovou o acordo e que não haverá barreiras regulatórias.
Contexto político e segurança nacional
O ultimato contra a controladora chinesa ByteDance surgiu de uma lei federal que exige a venda das operações do TikTok nos EUA ou o fechamento do app no país. A medida teve apoio bipartidário no Congresso, motivada por preocupações com segurança nacional e o poderoso algoritmo da plataforma.
Embora tenha criticado empresas de tecnologia em outros momentos, Trump declarou gostar do TikTok e já prorrogou diversas vezes o prazo para o desinvestimento. Na semana passada, ele assinou um decreto estendendo o processo até 16 de dezembro.
