Reconhecimento facial em estádios impulsiona mercado bilionário no Brasil com nova Lei Geral do Esporte
Obrigatoriedade em arenas gera oportunidades para biometria, segurança, meios de pagamento e novas receitas

Desde junho, quando entrou em vigor a Lei Geral do Esporte, estádios com capacidade para mais de 20 mil pessoas são obrigados a usar reconhecimento facial como forma exclusiva de acesso para torcedores. Essa exigência inaugurou um novo capítulo para o setor de biometria, segurança e infraestrutura inteligente no país.
O mercado de biometria esportiva tem agora espaço para gerar receitas recorrentes não só por partidas de futebol, mas também por eventos, shows e espetáculos que lotem arenas. Empresas como a Bepass já processaram milhões de acessos em estádios como o Maracanã, Arena do Grêmio e Allianz Parque, estimando que a nova tecnologia possa reduzir em até três vezes o tempo de entrada, além de conter práticas como o cambismo.
Novos serviços, segurança e monetização
Além do controle de acesso, o reconhecimento facial abre caminho para serviços complementares, como compras por biometria (“pagar com o rosto”) dentro das arenas, eliminando a necessidade de cartão ou celular.
Do ponto de vista da segurança, a tecnologia se conecta ao programa “Estádio Seguro”, ajudando a identificar torcedores com pendências judiciais ou comportamentos de risco, e reforçando a confiabilidade do ambiente para público e patrocinadores.
Com essas mudanças, o reconhecimento facial deixa de ser apenas uma medida regulatória e se torna uma plataforma estratégica de transformação digital, com potencial para movimentar bilhões nos próximos anos.