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Brasil cai para 52ª posição no Índice Global de Inovação 2025 e perde liderança na América Latina

Relatório da OMPI aponta desafios em educação, infraestrutura e P&D, mas destaca avanços em 5G, veículos elétricos e registro de patentes

Após quatro anos consecutivos de melhora, o Brasil registrou nova queda no Índice Global de Inovação (IGI) 2025, ocupando agora a 52ª posição entre 139 economias avaliadas. O levantamento é elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e considera 80 indicadores que medem desde insumos de inovação (inputs) até resultados obtidos (outputs).

Com o desempenho atual, o Brasil perdeu a liderança entre as 21 economias da América Latina e Caribe, sendo ultrapassado pelo Chile. O país também aparece em 5º lugar entre os 36 países de renda média-alta, atrás de China, Malásia, Turquia e Tailândia. A melhor posição já registrada pelo Brasil foi em 2011, quando alcançou o 47º lugar.

Pontos fortes e fracos da inovação no Brasil

De acordo com o relatório, o Brasil apresenta melhor desempenho nos outputs (50º lugar) do que nos inputs (63º), revelando capacidade de transformar o ecossistema de inovação em resultados práticos.

Destaques positivos do Brasil no IGI 2025:

  • 7º lugar em mercado consumidor;

  • 9º em volume de marcas registradas;

  • 16º em negócios de capital de risco avançados;

  • 17º em importações de serviços de TIC;

  • 17º em pagamentos de propriedade intelectual.

O Innovation Tracker do índice ainda mostra avanços recentes do país em:

  • Veículos elétricos (+132,6% entre 2023 e 2024);

  • 5G (+86,9% entre 2022 e 2023);

  • Registro internacional de patentes (+23,9% entre 2023 e 2024);

  • Robôs (+10% entre 2022 e 2023).

Por outro lado, os principais pontos fracos do Brasil são:

  • Estabilidade regulatória (128º);

  • Formação bruta de capital (118º);

  • Taxa tarifária aplicada (106º);

  • Graduados em ciências e engenharias (100º);

  • Cultura empreendedora (78º).

Segundo Jefferson Gomes, diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, o Brasil precisa investir mais em educação científica, infraestrutura e pesquisa & desenvolvimento. Ele reforça que, apesar de gargalos históricos, o país possui produção científica sólida, empresas sofisticadas e avanços em TI.

Top 10 países mais inovadores em 2025

A lista dos países mais inovadores do mundo manteve estabilidade, com Suíça, Suécia e Estados Unidos no topo. A novidade foi a China, que entrou no top 10 pela primeira vez.

  1. Suíça

  2. Suécia

  3. Estados Unidos

  4. Coreia do Sul

  5. Singapura

  6. Reino Unido

  7. Finlândia

  8. Holanda

  9. Dinamarca

  10. China

Categorias de avaliação do IGI

O índice considera sete categorias de indicadores, sendo cinco de insumos e duas de resultados:

  • Melhor desempenho do Brasil: sofisticação empresarial (39º), capital humano e pesquisa (48º), resultados criativos (50º) e conhecimento & tecnologia (50º).

  • Piores resultados: instituições (107º), sofisticação de mercado (71º) e infraestrutura (60º).

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