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SecOps Meetup Football 2025 destaca transformação digital e segurança da informação no futebol brasileiro

Evento no Rio de Janeiro reuniu líderes de TI, cibersegurança e compliance para discutir proteção de dados, continuidade operacional e inovação tecnológica nos clubes de futebol

O SecOps Meetup Football 2025, realizado no Rio de Janeiro, consolidou-se como um dos principais fóruns de inovação e segurança digital no futebol brasileiro. Durante dois dias, executivos de tecnologia da informação, especialistas em cibersegurança e líderes jurídicos e de compliance discutiram como os clubes de futebol se tornaram organizações digitais complexas, transformando TI e segurança em ativos estratégicos do negócio.

Futebol como ativo digital e gestão de riscos

O primeiro dia começou com o painel “Futebol como Ativo Digital: TI e Segurança como Agente Estratégico para o Negócio”, reunindo Calza Neto (DPO do Corinthians), Ismael Dambrós (IT Brasil) e Willian Rocha (DPO do Flamengo). Os especialistas destacaram que dados e infraestrutura tecnológica são hoje elementos críticos para monetização, performance e proteção do negócio futebolístico, indo muito além da gestão em campo.

Calza Neto ressaltou que a LGPD elevou a governança de dados, e que falhas de segurança podem prejudicar a reputação, receita e resultados esportivos dos clubes.

Continuidade operacional e interoperabilidade

Na palestra “Interoperabilidade e Continuidade de Negócios”, Eduardo Rocco (EXBIZ) alertou para os riscos de falhas tecnológicas em jogos e eventos:

“Se um clube ficar fora do ar em um dia de jogo, a perda de receitas, de imagem e de credibilidade com patrocinadores pode ser devastadora.”

Rocco enfatizou a importância de planos de contingência testados, integração de sistemas críticos e avaliação constante de fornecedores terceirizados, considerando que a operação digital do futebol envolve bilhetagem, streaming, e-commerce e análise de desempenho em tempo real.

Casos reais e ameaças emergentes

O segundo dia aprofundou debates sobre riscos concretos e ameaças digitais. No painel “Ameaças Atuais na Segurança Digital dos Clubes”, especialistas como Bruno Siffert (CBF), Diego Baldi (Grêmio) e Denis Martinelli (Telium) destacaram a baixa maturidade em cibersegurança no board, que limita investimentos proporcionais ao risco.

Bruno Siffert reforçou a importância do intercâmbio de experiências entre clubes, enquanto Diego Baldi destacou que conversas informais são essenciais para estratégias colaborativas.

Gestão de riscos, incidentes e continuidade operacional

No painel “Case – Gestão de Riscos e Incidentes”, Paul Penaloza (IntelGuardX), Diego Baldi e Tiago Hendges (Grêmio) apresentaram um caso real de resposta a incidentes em sistemas críticos, evidenciando como a inteligência de ameaças e reação rápida evitam paradas operacionais completas. Penaloza defendeu que os clubes estruturem SOCs com protocolos bem definidos e simulações periódicas de crises.

Identidade digital, biometria e IA

O painel “Identidade Digital, Biometria Facial e Gestão de Acessos” discutiu os desafios da autenticação segura de torcedores, com participação de Evaldo Júnior (Santos), Andressa Guerra (Botafogo), Mariana Lucas e Henrique Rocha (Peck Advogados). Os especialistas enfatizaram que proteção de dados é hoje um ativo estratégico, viabilizando parcerias, patrocínios e novos modelos de negócio.

O painel “Proteção de Ativos Digitais no Esporte” abordou como dados de performance, contratos e engajamento de torcida são os ativos mais valiosos dos clubes, exigindo controles de acesso, classificação e análise preditiva de riscos.

A apresentação “A Defesa Mais Importante do Jogo: Como a IA da ZenoX Protegeu a Torcida do Corinthians” mostrou como a inteligência artificial bloqueou campanhas fraudulentas e ataques de phishing, enquanto o painel sobre IA e Tecnologias Emergentes demonstrou que machine learning reduz drasticamente o tempo de detecção e resposta a incidentes.

O futebol brasileiro na era digital

O SecOps Meetup Football 2025 evidenciou que o futebol brasileiro está em transição para uma lógica corporativa, altamente digitalizada e interconectada, onde TI e segurança são vetores de crescimento, inovação e confiança de mercado.

A presença de DPOs, CISOs e diretores de TI reforça que os clubes operam cada vez mais como empresas de grande porte, com governança digital avançada e uso intensivo de dados e IA para sustentar o desempenho dentro e fora de campo.

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