
Alexandre Oliveira, da Civitatis, Mônica Samia, da Setur-SP, e influencer Marina Guaragna debateram o tema e temos a seguinte análise: O turismo está passando por uma transformação silenciosa, mas profunda. Não falamos apenas de rotas aéreas ou pacotes de viagem, mas de como a tecnologia, os novos perfis de viajantes e a busca por experiências diferentes estão moldando o futuro do setor no Brasil.
O novo turista
Hoje, o viajante não quer apenas chegar a um destino. Ele espera conveniência, personalização e experiências que façam sentido para sua vida. Aplicativos inteligentes, inteligência artificial, realidade aumentada e plataformas de reserva integradas já não são “diferenciais” são o básico para atender a um público cada vez mais exigente.
Além disso, o perfil mudou: enquanto alguns buscam aventuras rápidas e autênticas, outros querem conforto, sustentabilidade ou viagens mais lentas e imersivas. O ponto em comum? A expectativa de vivências únicas, que não se resumem a roteiros engessados.
O papel da tecnologia
A tecnologia entra como ponte. Seja para montar roteiros personalizados, otimizar deslocamentos, ou até criar experiências híbridas (como tours guiados por apps com realidade aumentada), ela amplia as possibilidades e eleva a experiência de viagem. O turista brasileiro já está habituado a essa integração, e vai cobrar cada vez mais que destinos e empresas acompanhem esse ritmo.
Minha visão sobre esse cenário
Na minha opinião, o grande desafio do turismo brasileiro não é falta de atrativo, temos diversidade natural e cultural como poucos países no mundo. O desafio é como entregar essas experiências de forma inovadora, sustentável e conectada.
Vejo muitos destinos ainda tratando tecnologia como um “extra”. Para mim, isso é um erro. Hoje, o turista quer praticidade desde o momento em que pesquisa até o pós-viagem. Ignorar isso significa perder relevância.
Outro ponto é a personalização. Eu acredito que os pacotes de massa tendem a perder espaço. O futuro está em ofertas sob medida, que respeitem interesses, tempo e perfil de cada viajante.
E, por fim, há a questão da sustentabilidade. Na minha visão, não é mais diferencial, mas obrigação. Quem não se adaptar a essa pauta ficará para trás, porque os viajantes já estão cobrando isso com força.
Conclusão
Se o Brasil souber unir tecnologia, personalização e sustentabilidade, estaremos não apenas acompanhando a tendência mundial, mas assumindo um papel de protagonismo. E, como colunista que acompanha o setor, vejo isso não como um sonho distante, mas como um caminho que precisa ser acelerado.
No fim das contas, viajar sempre foi sobre conexões e com lugares, culturas e pessoas. Agora, é também sobre como usamos a tecnologia para potencializar essas conexões e tornar cada experiência verdadeiramente única.