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Guerra por talentos em IA tranvGuerra por talentos em IA transforma pesquisadores em milionáriossforma pesquisadores em milionários

Meta oferece US$ 250 milhões por um engenheiro de 24 anos e aquisições recordes ampliam criação de bilionários na era da inteligência artificial

A corrida pela inteligência artificial (IA) entrou em uma nova fase, marcada por contratações bilionárias que elevam o valor do trabalho humano a patamares surpreendentes. A Meta lidera o movimento com a contratação do pesquisador Matt Deitke, de apenas 24 anos, em um acordo avaliado em US$ 250 milhões — um montante comparável ao custo de aquisição de empresas inteiras. O caso se tornou um símbolo da “guerra de talentos” que transforma pesquisadores em ativos de altíssimo valor.

Em junho, a Meta investiu US$ 14,3 bilhões por 49% da startup Scale AI, trazendo o fundador, Alexandr Wang, para liderar sua divisão de modelos de linguagem de código aberto. No mês seguinte, Shengjia Zhao, um dos co-criadores do ChatGPT, assumiu a chefia científica no Meta Superintelligence Labs. A empresa também tentou atrair diversos engenheiros da OpenAI com bônus de até US$ 100 milhões, segundo o CEO Sam Altman, mas até agora nenhum dos principais talentos aceitou a oferta.

O setor vive um momento de euforia com 498 unicórnios de IA, avaliados em US$ 2,7 trilhões, incluindo 100 fundados desde 2023. Mais de 1.300 startups já têm valuation superior a US$ 100 milhões. Em ritmo impressionante, a IA tem criado novos milionários e bilionários quase mensalmente; quatro grandes empresas privadas de IA já deram origem a 15 bilionários, com patrimônio combinado de US$ 38 bilhões.

Entre os casos mais emblemáticos estão Mira Murati, ex-OpenAI, que levantou US$ 2 bilhões para sua startup Thinking Machines Lab, avaliada em US$ 12 bilhões; a Anthropic AI, que planeja captar US$ 5 bilhões e pode atingir valuation de US$ 170 bilhões; e a Anysphere, fundada por Michael Truell, de 25 anos, que saltou de US$ 9,9 bilhões para US$ 20 bilhões em avaliação, tornando-o bilionário. Outro destaque é Igor Babuschkin, ex-xAI, que lançou a Babuschkin Ventures, focada em IA e sistemas autônomos.

A OpenAI também tem se movimentado com força. A empresa investiu US$ 6,4 bilhões na compra da startup de hardware de Jony Ive, designer lendário da Apple, em sua maior aquisição até hoje. Avaliada em cerca de US$ 300 bilhões, a companhia fechou ainda uma parceria estratégica para criar o campus de IA “Stargate” nos Emirados Árabes Unidos, ao lado de gigantes como Oracle, Nvidia, Cisco e G42, movimento que gerou críticas e disputas com Elon Musk.

A guerra por cérebros na inteligência artificial não é apenas sobre inovação tecnológica: é uma batalha que redefine o valor da mão de obra altamente especializada. Contratações milionárias, aquisições estratégicas e o surgimento rápido de novos bilionários mostram que, na era da IA, o talento é o recurso mais valioso.

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