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Ether recua após recorde histórico, mas mantém força frente ao Bitcoin em agosto

Preço do Ether cai 6% após atingir máxima de US$ 4.954,81; ETFs e acumuladores corporativos impulsionam demanda, enquanto Bitcoin enfrenta pressão de saídas líquidas

O Ether (ETH), segunda maior criptomoeda do mercado, começou a semana em queda, recuando 6% para cerca de US$ 4.548,32 nesta segunda-feira, segundo dados da Coin Metrics. O movimento acontece logo após a moeda digital atingir um novo recorde no domingo, chegando a US$ 4.954,81 — seu maior patamar desde 2021, quando ultrapassou máximas históricas.

Enquanto isso, o Bitcoin (BTC) também apresentou queda, recuando pouco mais de 1% para US$ 111.501,74. No final de semana, a principal criptomoeda chegou a atingir seu menor preço desde 10 de julho, em US$ 110.779,01. O Bitcoin registrou seu último pico em 13 de agosto, quando alcançou US$ 124.496.

Ambas as criptomoedas anularam os ganhos conquistados na última sexta-feira, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicar possíveis cortes nas taxas de juros. A notícia motivou uma alta temporária nos ativos de risco, mas também provocou uma venda forçada significativa: mais de US$ 245 milhões em posições compradas em Ether e cerca de US$ 175 milhões em Bitcoin foram liquidadas nas últimas 24 horas, segundo a CoinGlass.

Apesar do recuo recente, o Ether tem se destacado e liderado o mercado nas últimas semanas. Isso se deve a fatores como avanços regulatórios, o crescimento da tokenização — especialmente stablecoins — e a forte demanda de investidores institucionais, incluindo empresas como a Bitmine e a eSharpLink, que vêm acumulando grandes volumes da criptomoeda.

Essa mudança de cenário ajudou o ETH a consolidar a marca dos US$ 4.000, superando repetidos testes de resistência desde 2021. “Os compradores finalmente superaram os vendedores”, afirmou Ben Kurland, CEO da plataforma de pesquisa DYOR. “Os ETFs de Ether estão atraindo investimentos constantes, e as empresas de capital aberto começaram a tratar o ETH como um ativo do tesouro, buscando rendimento de forma mais estável do que a especulação do varejo.”

Kurland também ressaltou que cerca de um terço do fornecimento de Ether está bloqueado em staking, que as soluções de escalabilidade da rede amadureceram, e que a expectativa de cortes nas taxas de juros deve reduzir o custo do capital. “Essas forças transformaram a marca de US$ 4.000 de resistência em uma base sólida para o próximo ciclo de valorização do Ether.”

Na última sexta-feira, os ETFs de Ether receberam US$ 341 milhões em aportes, segundo a SoSoValue, com destaque para o fundo FETH da Fidelity. Já os ETFs de Bitcoin enfrentaram seu sexto dia consecutivo de saídas líquidas, especialmente do fundo IBIT da BlackRock, apesar de algumas entradas menores em outros fundos.

Na semana encerrada em 22 de agosto, o Ether teve sua primeira semana de saídas líquidas desde maio, totalizando US$ 237 milhões. Por outro lado, os ETFs de Bitcoin sofreram saídas superiores a US$ 1 bilhão no mesmo período, evidenciando uma maior pressão sobre a principal criptomoeda.

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