O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, anunciou nesta quarta-feira (13) um pacote emergencial de R$ 435 milhões para apoiar os setores da economia catarinense mais prejudicados pela nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil. As ações têm como objetivo preservar empregos, garantir a competitividade das empresas e assegurar a continuidade das operações das indústrias mais afetadas pela política tarifária norte-americana. Cerca de 73 mil postos de trabalho devem ser protegidos pelas medidas.
O pacote será dividido em três frentes de ação: a liberação do crédito acumulado de exportação, com R$ 62 milhões distribuídos em três parcelas mensais para 295 empresas enquadradas nos níveis de risco crítico, alto, relevante e gerenciável, visando melhorar o fluxo de caixa das exportadoras; a postergação do pagamento do ICMS, permitindo que as empresas afetadas adiem o pagamento do imposto por 60 dias durante três meses consecutivos, totalizando R$ 72 milhões em ICMS postergado; e o financiamento emergencial por meio do BRDE, com R$ 265 milhões em linhas de crédito para 251 empresas com faturamento de até R$ 300 milhões anuais, com carência de 12 meses e prazo total de 36 meses para quitação.
O anúncio das medidas ocorreu em Florianópolis, durante coletiva realizada na Federação das Indústrias de SC (FIESC), que participou ativamente da construção das propostas nos últimos dias. O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, destacou que as medidas representam uma resposta fundamental do governo catarinense em favor do setor produtivo num momento crítico.
As ações emergenciais estão direcionadas às empresas catarinenses expostas à nova tarifa e que correm risco real de perda de competitividade no mercado internacional, enquadradas nos níveis de risco “gerenciável”, “relevante”, “alto” e “crítico”. Juntas, essas empresas garantem mais de 73 mil empregos diretos, postos de trabalho que o pacote anunciado busca proteger diante do novo cenário internacional.
O Governo de Santa Catarina continuará monitorando os desdobramentos da política tarifária norte-americana e poderá atualizar ou redefinir medidas conforme a evolução do cenário.
