
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou positivamente o Plano Brasil Soberano, lançado pelo governo Lula, como uma resposta estratégica ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Ricardo Alban, presidente da CNI, afirmou que o plano atende às demandas do setor produtivo e reforça a necessidade de intensificar negociações comerciais, especialmente com os EUA e a União Europeia.
O Plano Brasil Soberano, estruturado em três eixos — fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial/multilateralismo — inclui medidas como a disponibilização de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações para concessão de crédito a taxas acessíveis e ampliação das linhas de financiamento às exportações. A prioridade será dada às empresas mais afetadas, considerando sua dependência do mercado norte-americano, o tipo de produto e o porte da companhia, com a condição de manutenção dos empregos.
Além disso, o plano prevê aportes de R$ 5 bilhões pelo novo Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Novo Reintegra), facilitação nas compras públicas de alimentos para escolas e hospitais, e prorrogação dos prazos do regime de drawback, que suspende tributos sobre insumos importados para produtos exportados.
Alban enfatizou a importância de ampliar novos acordos bilaterais e do Mercosul, especialmente com a União Europeia, para fortalecer a posição da indústria brasileira no cenário internacional. Ele também destacou que o governo continua buscando soluções técnicas e comerciais para mitigar os impactos do tarifaço e proteger o mercado interno.
O governo federal mantém a disposição para o diálogo com os Estados Unidos, buscando resolver as divergências comerciais por meio da negociação e evitando imposições unilaterais que possam prejudicar a economia nacional.