O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin concluíram os ajustes finais de um pacote emergencial para mitigar os efeitos das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O plano, que será anunciado oficialmente em breve, tem como objetivo proteger empregos e fortalecer a economia nacional diante da medida protecionista adotada pelo governo americano.
Entre as principais ações previstas estão a concessão de linhas de crédito com condições facilitadas para as empresas mais afetadas, o adiamento da cobrança de tributos federais por até dois meses e a realização de compras públicas de mercadorias perecíveis, como peixes, frutas e mel, que ficaram estocadas após o anúncio das tarifas.
O foco do plano está nos setores mais vulneráveis, como café, carne e a indústria de máquinas, motores e equipamentos, que enfrentam dificuldades para buscar novos mercados e sofrem com a queda nas exportações. A iniciativa busca preservar empregos e fortalecer a atividade econômica do país em meio à crise comercial provocada pela decisão dos Estados Unidos.
O pacote será anunciado oficialmente poucos dias após a entrada em vigor das tarifas, que começaram a valer em 6 de agosto. O governo brasileiro já anunciou anteriormente a aplicação de tarifas recíprocas sobre produtos americanos, conforme autorizado pela Lei de Reciprocidade Comercial.
O presidente Lula reforçou que o Brasil não buscará retaliações diretas, mas adotará medidas para proteger sua economia e soberania diante da ação unilateral dos EUA. Além disso, o governo está buscando apoio em fóruns multilaterais e com parceiros estratégicos, como os países do BRICS, para enfrentar os desafios impostos pela tarifa.
A implementação do plano de contingência é considerada uma resposta pragmática do governo brasileiro para preservar a economia interna e manter a dignidade nacional frente às pressões externas.
