Turismo na estratosfera: balões espaciais prometem viagens de luxo a 30 mil metros de altitude
Com estreia prevista para 2026, a Space Perspective lidera nova corrida pelo turismo espacial com balões pressurizados, oferecendo vistas panorâmicas da Terra por cerca de R$ 700 mil

Enquanto bilionários como Jeff Bezos e Richard Branson concentram seus esforços em foguetes de alta velocidade e naves espaciais futuristas, uma nova vertente do turismo espacial começa a ganhar destaque: o uso de balões estratosféricos para levar turistas até a borda do espaço. A inovação vem da empresa norte-americana Space Perspective, que promete uma experiência única e confortável a cerca de 30 mil metros de altitude.
O projeto aposta em uma cápsula pressurizada, com design futurista e voltada ao conforto dos passageiros, permitindo que até oito turistas por voo tenham uma visão deslumbrante da curvatura da Terra e da escuridão do espaço. A primeira missão está programada para 2026, e os ingressos já estão disponíveis, custando aproximadamente R$ 700 mil por pessoa.
O conceito, apesar de menos radical que os voos suborbitais promovidos por empresas como Blue Origin e Virgin Galactic, ganha apelo por sua proposta de viagem lenta, segura e contemplativa, ideal para quem busca uma vivência espacial sem os extremos da microgravidade ou da decolagem em alta velocidade.
A Space Perspective não está sozinha nesse nicho. A Space Adventure, por exemplo, também iniciou testes com seu balão Space Neptune e já colocou ingressos à venda. Já a empresa World View planeja oferecer uma jornada ainda mais extensa: cinco dias na estratosfera, sobrevoando paisagens naturais, marcos culturais e locais históricos, tudo a bordo de uma cápsula de observação sofisticada.
Apesar da altitude de voo ser inferior ao limite técnico da estratosfera (que vai até os 50 mil metros), os 30 mil metros são suficientes para proporcionar uma visão jamais acessível ao público convencional — o céu negro do espaço e a curvatura azulada do planeta abaixo.
Essa nova etapa do turismo espacial se mostra mais acessível (relativamente) e menos agressiva ao corpo humano, podendo atrair um público mais diverso e interessado em experiências científicas e emocionais com o planeta Terra.
Será que essa nova forma de explorar o espaço marcará o futuro do turismo de luxo?