Uma vacina com potencial para combater diferentes tipos de câncer deu um passo importante rumo à realidade. Desenvolvida por cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer do Reino Unido (ICR) e do Royal Marsden NHS Foundation Trust, a vacina experimental demonstrou resultados encorajadores em estudos iniciais com pacientes, despertando otimismo na comunidade médica global.
A chamada vacina universal contra o câncer utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), semelhante à aplicada nas vacinas contra a Covid-19. O imunizante é personalizado para cada paciente, identificando mutações genéticas específicas do tumor para ativar uma resposta imunológica mais eficaz e direcionada.
No estudo clínico de fase 1, conduzido com 26 pacientes com câncer de intestino, o tratamento conseguiu treinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar células tumorais com sucesso. Todos os participantes haviam passado por cirurgia para remoção do tumor e receberam a vacina como forma de reduzir o risco de recidiva.
Segundo os pesquisadores, a resposta imune gerada foi considerada “robusta” e “segura”, sem efeitos colaterais graves até o momento. A próxima etapa prevê testes em um número maior de pacientes e com outros tipos de câncer, como pulmão, mama e pâncreas.
“Estamos presenciando o começo de uma revolução no tratamento oncológico”, afirmou o professor Kristian Helin, diretor do ICR. “Essas vacinas personalizadas têm o potencial de transformar a forma como tratamos e prevenimos o câncer no futuro.”
Além de representar um avanço científico significativo, o estudo reforça a tendência de personalização no combate ao câncer, abrindo caminho para terapias menos invasivas e mais eficazes a longo prazo.
