
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta segunda-feira planos ambiciosos para o avanço da inteligência artificial na empresa. Segundo ele, a companhia pretende investir “centenas de bilhões de dólares” em infraestrutura computacional voltada à IA nos próximos anos. Um dos marcos desse investimento será o lançamento do primeiro supercluster da empresa, previsto para entrar em operação já em 2026.
Superclusters são redes de computação massivas e altamente complexas, utilizadas para treinar modelos de IA de última geração e lidar com grandes volumes de processamento.
Zuckerberg explicou que o projeto será conduzido pela recém-criada divisão Meta Superintelligence Labs, que oferecerá, segundo ele, “níveis de computação líderes da indústria e, de longe, a maior capacidade de processamento por pesquisador.”
O primeiro supercluster da empresa foi batizado de Prometheus. Além dele, a Meta já está construindo outras estruturas multigigawatts, como o Hyperion, que poderá alcançar até 5 gigawatts de potência ao longo dos próximos anos — um número impressionante para esse tipo de infraestrutura.
Essa movimentação acontece em meio a uma série de contratações estratégicas na área de IA, incluindo um investimento recente de US$ 14 bilhões na startup Scale AI.
Em junho, a Meta já havia dado sinais do reposicionamento ao anunciar a criação do Meta Superintelligence Labs, reunindo os principais engenheiros e cientistas da área. O movimento surge como resposta à frustração de Zuckerberg com o desempenho dos modelos de linguagem Llama 4, lançados em abril e recebidos de forma morna pela comunidade de desenvolvedores.
Determinada a recuperar espaço frente a concorrentes como OpenAI e Google, a Meta aposta agora em escala, talento e capacidade computacional como principais diferenciais.
“Nosso objetivo é formar a equipe mais talentosa e de elite do setor para impulsionar a era da superinteligência artificial”, escreveu Zuckerberg.