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Alta do dólar e de Chicago faz preço da soja subir no Brasil; negócios ganham força em MS, GO e MT

Com valorização cambial e recuperação na Bolsa de Chicago, mercado de soja registra altas nas principais praças do país; relatório do USDA e tarifas dos EUA seguem no radar dos exportadores.

O mercado da soja encerrou esta quinta-feira (10) em alta no Brasil, impulsionado pela valorização do dólar frente ao real e pela recuperação dos contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT). A combinação desses fatores estimulou uma maior movimentação nas tradings, especialmente em estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de registros relevantes de negócios nos portos.

“As tradings estiveram mais ativas e ofertaram melhores preços. A indústria ainda se mantém mais cautelosa, enquanto os vendedores seguem pressionando os spreads, com o basis elevado em relação à paridade de exportação”, explicou Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado. Segundo ele, os prêmios se mantiveram relativamente estáveis, com pequenas variações, mas o câmbio favorável foi determinante para a alta nas cotações.

Cotações da soja nas principais praças brasileiras:

  • Passo Fundo (RS): de R$ 128,00 para R$ 130,00

  • Santa Rosa (RS): de R$ 129,00 para R$ 131,00

  • Porto de Rio Grande (RS): de R$ 135,00 para R$ 137,00

  • Cascavel (PR): de R$ 129,00 para R$ 131,00

  • Paranaguá (PR): de R$ 134,00 para R$ 136,00

  • Rondonópolis (MT): de R$ 116,00 para R$ 119,00

  • Dourados (MS): de R$ 118,00 para R$ 121,00

  • Rio Verde (GO): de R$ 117,00 para R$ 120,00

Chicago reage antes de relatório do USDA

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja fecharam em alta, refletindo uma recuperação técnica e o reposicionamento dos investidores à véspera da divulgação do novo relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Apesar das condições climáticas favoráveis nos Estados Unidos, que limitaram os ganhos, o mercado reagiu após atingir seu menor nível em três meses.

A política tarifária do governo Trump continua sendo monitorada, ainda que a nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros não afete diretamente os grãos. No entanto, a valorização do dólar tende a beneficiar a competitividade das exportações brasileiras no cenário internacional.

Expectativas para o novo relatório do USDA:

  • A produção americana de soja para 2025/26 deve cair levemente, de 4,340 bilhões para 4,331 bilhões de bushels.

  • Os estoques finais podem aumentar para 304 milhões de bushels em 2025/26 e de 350 para 358 milhões em 2024/25.

  • Em nível global, os estoques finais para 2024/25 devem subir de 124,2 para 124,3 milhões de toneladas e atingir 125,5 milhões em 2025/26.

  • A safra brasileira foi ajustada de 169 para 169,4 milhões de toneladas, e a da Argentina, de 49 para 49,2 milhões.

Fechamento dos contratos em Chicago:

  • Soja em grão (agosto): alta de 3,50 centavos (0,34%), cotada a US$ 10,12 1/2 por bushel

  • Soja em grão (novembro): alta de 6,50 centavos (0,64%), a US$ 10,13 3/4

  • Farelo de soja (agosto): alta de US$ 2,00 (0,74%), a US$ 271,40 por tonelada

  • Óleo de soja (agosto): alta de 0,20 centavo (0,37%), a 53,49 centavos de dólar por libra-peso

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