Jogadores brasileiros foram surpreendidos com um novo aumento nos preços dos jogos de PS4 e PS5 na PlayStation Store. Sem aviso prévio, os valores saltaram significativamente no último fim de semana, refletindo uma nova taxa de conversão do dólar — agora próxima de R$ 5,50 por US$ 1. Com isso, títulos como Death Stranding 2 e The Last of Us Part I ultrapassaram os R$ 399,90, colocando o mercado digital ainda mais distante da realidade de muitos consumidores.
Segundo a Sony, o reajuste é uma resposta às “condições desafiadoras do mercado”, incluindo a instabilidade cambial. Contudo, o que mais chama a atenção é que, diferente de concorrentes como Microsoft e Nintendo, que ajustam os preços localmente, a PlayStation Store ainda segue uma lógica padronizada, desconsiderando o poder de compra regional. O resultado é que edições Deluxe de jogos third-party, como Hell is Us, chegam a custar quase R$ 160 a mais no PlayStation do que em plataformas rivais.
O movimento gerou críticas tanto à Sony quanto a estúdios parceiros, embora especialistas indiquem que a decisão de precificação parte majoritariamente da própria plataforma. Em 2024, a QUByte Interactive já havia exposto esse sistema ao justificar um reajuste similar. Além disso, a recente alta nas assinaturas da PS Plus — que já causou descontentamento entre usuários — aponta para uma política mais agressiva de monetização da empresa na América Latina.
Na prática, o aumento afeta especialmente quem possui consoles em versão digital, como o PS5 Digital Edition, ficando refém da loja virtual. Já os donos de versões com leitor de disco ainda podem recorrer à mídia física, cuja concorrência entre varejistas oferece preços mais atrativos. O temor agora é que, além dos jogos e das assinaturas, os próprios consoles também sofram aumentos em breve.
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